Camilo D’Ornellas

Públicos e Multidões, reflexões e análises nos eventos

A Experiência não é o que você adquire, mas o que você faz com o que você adquire. Você nunca deve ver os seus desafios como uma desvantagem. Em vez disso, é importante entender que as experiências que você adquire enquanto enfrenta e supera as adversidades é, na verdade, uma das suas maiores vantagens.Michelle Obama

Executivo e gestor de segurança, analista e avaliador de riscos e gestão de crises em eventos, turismo, arenas e festivais de música, formado em Direito, advogado, mestre em governança e estratégica marítima na EGN, MBA em Gestão de Projetos na FGV, pós-graduado em Direito Penal, Criminologia e Metodologia do Ensino Superior, especialista em Cibersegurança e em Crimes Transnacionais pela NDU-USA 2019 e 2017, possui o curso de ERSM - Enterprise Risk Security Management pela ASIS Internacional, atualmente é vice Chairperson da ASIS-RJ, foi gestor de segurança do Complexo Maracanã entre 2014 e 2016, atuou como gestor de segurança no Rock in Rio e em diversos eventos e shows nacionais e internacionais desde 1986.

Colunas

Gestão de Multidões Memória Operacional e Certifi

Heysel, Hillsborough e o Selo Seguro: Quando Lembrar Vidas Perdidas Vira Estraté

No dia em que a tragédia de Heysel completa 40 anos — relembra o que não pode ser esquecido: a normalização da precariedade e a falência dos sistemas que deveriam proteger vidas. Lembramos e conectamos a memória de Heysel e Hillsborough com os desafios atuais da segurança em eventos de alta complexidade no Brasil. A partir das minhas experiências e vivência no Maracanã, na Copa do Mundo, Rock in Rio e Olimpíadas, propõe a criação do SELO SEGURO, uma certificação baseada em sete pilares fundamentais: acessos, estruturas, protocolos, gerenciamento de crises, saídas de emergência, treinamento e análise de riscos. Um chamado à ação para que nunca mais aprendamos com tragédias.
Segurança Eventos e Comportamento

Armas em eventos, NÃO !!!

Ao longo dos mais de 30 anos dedicados à segurança pública e à gestão de eventos de alta complexidade, uma coisa ficou clara pra mim: armas e grandes multidões não combinam. No meu artigo, eu trago casos reais — como o do Leandro Lo — que mostram como tragédias acontecem quando agentes armados fora de serviço frequentam eventos cheios, muitas vezes sob efeito de álcool e em ambientes tensos. O problema é que a legislação brasileira é um emaranhado: São Paulo permite com regras frouxas, o Rio proíbe, e o Estatuto do Desarmamento fica em cima do muro. Apoiado em estudos de autores como Zimring, Bauman e Bazerman, eu defendo que precisamos urgentemente de uma regulamentação nacional clara, revista técnica obrigatória na entrada dos eventos e campanhas de conscientização. Não se trata de desarmar a polícia. Se trata de proteger o público — e os próprios agentes — de tragédias evitáveis.
Segurança Eventos e Comportamento

Comportamento de Públicos e Multidões no Pós pandemia

Desde a retomada dos grandes eventos, algo ficou evidente para quem está na linha de frente da segurança e da operação: o público mudou — e mudou profundamente. Mais emocional, mais impulsivo e menos tolerante ao imprevisto, o comportamento coletivo de hoje exige mais do que estruturas físicas; exige sensibilidade, leitura de cenário e antecipação. Neste artigo, compartilho minha visão sobre como a pandemia reconfigurou o modo como as pessoas vivem a experiência coletiva e por que comportamento virou fator central na gestão de segurança. Trago exemplos práticos, conceitos aplicados e uma mensagem direta: não basta planejar com técnica se não entendermos a mente de quem participa. Porque quem entende de gente, hoje, faz muito mais do que evitar crises — faz eventos que funcionam de verdade.
Segurança Eventos e Comportamento

Tecnologias a favor dos eventos

A "Segurança 4.0" representa a evolução do controle de acesso e gestão de multidões em eventos de grande porte, utilizando tecnologias avançadas para garantir a segurança e melhorar a experiência do público. Entre as inovações, destacam-se o Face ID (reconhecimento facial) e outras formas de biometria, como impressões digitais e leitura da íris, que proporcionam autenticação mais segura e eficiente. A Internet das Coisas (IoT) e os drones de reconhecimento permitem monitoramento em tempo real das multidões, identificando comportamentos anormais e ajudando a prevenir incidentes antes que se agravem. A inteligência artificial (IA) e a análise preditiva são usadas para prever comportamentos de risco e otimizar a resposta da segurança. Além disso, wearables e aplicativos móveis contribuem para o rastreamento pessoal, o controle de acesso e a comunicação em tempo real, garantindo uma gestão eficiente e segura. A integração dessas tecnologias não só aumenta a segurança, mas também proporciona uma experiência mais satisfatória e organizada para os participantes, consolidando a segurança de eventos em uma nova era tecnológica.
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