Viagens Incentivo: chega de receitas velhas, o mundo mudou

As viagens de Incentivo e viagens corporativas exigem uma nova compreensão sobre os destinos. Competências cognitivas e emocionais, fundamentais no mundo global do século 21.

Antes de iniciar o meu artigo sobre viagens de incentivo, gostaria de fazer algumas considerações que considero pertinentes ao momento que estamos vivenciando.

Como sou otimista, acredito que em 2022 vamos entrar numa nova e reciclada fase do Marketing de Incentivo, inclusive viagens.

Diante desse cenário otimista sugiro que agências e clientes reflitam sobre os formatos e conceitos da atividade, considerando principalmente as mudanças comportamentais do mundo global.

No meu artigo resolvi começar pelas Viagens de Incentivo. Mais que uma viagem motivacional, elas são ponto alto das campanhas, são o prêmio, a realização, o reconhecimento, a associação temática, o fio condutor da motivação e principalmente, o grande final, o clímax.

Nesta escala de importância e em minha modesta opinião, a forma como hoje se realiza ou processam as viagens está longe de atender ao conceito que hoje o grande Ibrahim Georges Tahtoo, o maior especialista em viagens de incentivo, defende. “É uma viagem que dinheiro não compra”. É uma viagem que deixa um residual de mais de oito anos.

O Ibrahim está certo, porem, não é essa a realidade que a maioria do mercado processa. As viagens estão longe de acompanhar o tema conceitual da campanha. As viagens são escolhidas, na maioria das vezes, pelo responsável de marketing do cliente. Viagens distantes do objetivo temático. Viagens para destinos óbvios, que contradizem o lema “uma viagem que não se compra”. Viagens que não atendem a cultura do participante, no seu desempenho.

Uma viagem é sempre agradável. Porem está longe de ser a viagem de sonho. E o incentivo, é apenas o nome.

Quando se cria uma viagem de incentivo não podemos esquecer o que ela representa no presente e no futuro para o participante:

Realização e autoestima.

Cultura e conhecimento.

Historia para ser contada e vivida.

Motivação e reconhecimento.

Visão Holística, fazer parte.

Orgulho e capacitação.

Experiência de vida.

Estes são os ingredientes mais representativos de uma viagem motivacional ou corporativa.

Mais que isso. É o compartilhamento coletivo para futuras campanhas. Uma forma de incentivo para motivar e ser reconhecido na organização.

Não quero que o meu artigo seja visto como uma critica. Quero que seja visto como uma contribuição de quem produziu e se beneficiou de viagens de Incentivo.

Agora é o momento de propor novos caminhos, novas alternativas, novas ações para a ferramenta estratégica do Marketing de Incentivo.

Portanto chega de receitas velhas! O mundo mudou, as pessoas mudaram, os valores mudaram! Sem esquecer que vivemos num mudo global.

Não é novidade. Basta entender a mudança dos modelos mentais, das percepções e, acima de tudo, da importância da felicidade na relação com o trabalho.

Um prazer associado ao reconhecimento, à importância de fazer sem imposição, à livre iniciativa, ao reconhecimento das melhores práticas, das melhores ideias e soluções.

Neste sentido temos que avaliar o compromisso e adaptação dos produtos por parte dos fornecedores com serviços mais eficientes e com maior qualidade.

Nas viagens corporativas, alguns pontos chamam a nossa atenção: a falta de objetividade, custos, falta de inovação, falta de diferenciais adequados ao novo turista. Principalmente, a falta de uma relação interativa, que adeque os destinos aos movimentos culturais e sociais.

As viagens de Incentivo e viagens corporativas exigem uma nova compreensão sobre os destinos. Competências cognitivas e emocionais, fundamentais no mundo global do século 21.

Hoje, com a tecnologia cada vez mais presente no cenário atual, algumas das “velhas” técnicas de promoção e comunicação já não funcionam mais como dantes.

As promessas são vagas, irrelevantes, diante das demandas de um público cada vez mais qualificado e exigente. Um publico que deseja gerenciar as próprias emoções, autoestima, e confiança.

Sem esquecer a importância da informação, da tecnologia e da logística nos serviços e na comunicação.

Para terminar, ressalto que as viagens corporativas ou de incentivo são igualmente uma ferramenta estratégica. Uma ferramenta que gera motivação, imagem de marca, reconhecimento público. Uma ferramenta para ajudar ações e iniciativas, inclusive uma melhora na comunicação.

Aí se pergunta: mas a viagem de incentivo gera tudo isso? A resposta é simples: é uma consequência. Gente motivada é o caminho para o sucesso de uma organização na sua imagem e resultado.

Boa viagem e obrigado pela leitura.