Um desafio complexo que exige conhecimento, abstração (fugir do obvio, do lugar comum), inovação e consciência social coletiva.
Ainda que o tema do turismo não seja considerado fundamental e social para muitos, a sua importância econômica é a razão de sobrevivência de muitas nações.
Aliás, é uma fonte inesgotável de serviços e ocupações, e só isto já justifica a sua ação social.
O turismo não pode ser elitista, talvez aqui residam os motivos de contestação, o turismo tem que ser encarado pelos órgãos públicos e civis como uma prática cultural independente, de onde como e quando, sem esquecer que o turismo social além de promover a inclusão social gera recursos naturais e culturais.
A realidade atual nos mostra que o poder de compra existe em todas as camadas da sociedade, da mesma forma atividades e destinos, o que quer dizer que temos oportunidades para todos os gostos e bolsos.
Talvez aqui resida o desafio de repensar o presente e o futuro do turismo na sociedade, um futuro sem demagogias ideológicas, sem populismo midiático, sem bandeiras, sempre pensando no país, no crescimento cultural, no reconhecimento, e principalmente nos cidadãos.
É um desafio e tanto, e talvez aqui seja oportuno resgatar o tal do “Jeitinho Brasileiro”.
Utilizando uma frase que lamentavelmente não me ocorre o nome do seu autor – “O problema não é o turismo, o problema é o sistema,” esta citação reflete exatamente os problemas que o mercado enfrenta na sua concepção e administração.
Na verdade, a ação mais importante nesta mudança, é trabalhar o turismo e sua adequação à sociedade na sua pluralidade econômica e cultural.
Quando resgato, a importância da adequação quero ressaltar a importância do turismo coletivo, de um turismo social, aliás, bastante esquecido pela sociedade e órgãos administrativos, um turismo acessível a todas as camadas da sociedade, um turismo que resgate a riqueza historica e cultural do Brasil, através do seu povo da sua historia, lendas, e oportunidades Outro ponto que acho muito importante é o aculturamento e a receptividade de quem recebe turistas, o acolhimento, uma pratica associada à nossa cultura, resgatando e demonstrando a sua importância social e econômica, fomentando a geração de emprego e renda, um turismo, com foco na inclusão social e no desenvolvimento sustentável.
Tratar bem os turistas é mais que uma obrigação, é respeito, e esta premissa começa a ser estudada pelas associações de classe nos seus diálogos com o trade.
Uma responsabilidade que envolve cultura, preservação ecológica, sustentabilidade, humanização e resultado econômico.
Isto se chama turismo inteligente, turismo democrático.
Sem querer entrar no mérito da atividade e representatividade dos órgãos de turismo e Conventions Bureaus, acredito que cabe a eles o papel de mobilizadores, de estimulo às melhores práticas, talvez até em parcerias, como SEBRAE.
Cabe ao Ministério do Turismo, aos governadores e prefeituras, aos integrantes desta indústria maravilhosa a responsabilidade coletiva de ajudar o turismo na sua filosofia, receptividade, ecologia, e aculturamento social, divulgando e apoiando iniciativas, principalmente, com incentivos fiscais políticas públicas, sociais e culturais, para que o turismo seja de fato uma atividade democrática
Agora, cabe a nós participantes da atividade achar a motivação necessária para por em pratica este desafio em 2022, participando, exercendo e transformando conceitos em experiências solidárias, com a mesma motivação que nos move na procura do laser, da informação, do conhecimento, da felicidade.
Para todos o leitores um Novo Ano cheio de sucessos, oportunidades e muita participação.
Obrigado
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