A área de eventos tem um dinamismo espetacular, que demanda sempre atualizações e a busca por novidades ou até mesmo na recriação do antigo, transformando-o em algo contemporâneo.
É possível vislumbrarmos tais ocorrências, não só no que diz respeito as tipologias de eventos, mas também em estratégias utilizadas na concepção e planejamento dos mesmos.
Festa do Divórcio e Workshop são alguns exemplos de eventos que surgiram para o atendimento as novas necessidades da sociedade. Já Simpósio e Sarau são outras tipologias que foram realinhadas ao tempo moderno, elas já existiam no passado, mas com outros enfoques e operacionalidades que atendiam perfeitamente ao público destinado de outrora... como a sociedade muda... os eventos também devem acompanhar esse movimento.
Conceitos como Green Meetings, Gamification, Hibridismo, Cinco Sentidos, entre outros, atualmente tornaram-se sensações nos eventos, sobretudo na esfera corporativa.
Porém há um conceito que inclusive pode abranger todos os listados acima, trata-se do Meeting Design, uma nova forma não só de montagem, preparação do espaço, mas também de operacionalização, transformando o evento em algo mais atrativo, participativo e focado no atendimento dirigido, não mais de forma massiva, mas sim contido em audiências menores, muito mais específicas.
Na semana passada com a realização do bem sucedido LACTE - Latin American Corporate Travel Experience, já em sua nona edição, o público, que lotou o Grand Hyatt, em São Paulo, presente se deparou com uma chamada no conteúdo programático que despertou a atenção dos participantes: Você sabe o que significa Ignite?
Como eu, vários profissionais não conheciam e a sala dessa oferta ficou lotada, com muitas pessoas de pé.
Trata-se de um típico exemplo de Meeting Desing que permite uma maior participação do público, de forma muito ágil e instigante.
O key note speaker – palestrante/orador – recebe apenas cinco minutos para expor e vender sua ideia, seu produto ou serviço, tendo como suporte recursos tecnológicos como power point ou prezi, sendo que toda essa apresentação não terá seu controle tátil, já que automaticamente com o apoio de um temporizador, os slides mudarão a cada 15 segundos.
Após essa rápida ação, abre-se para perguntas e respostas da plateia, efetivando assim uma verdadeira interação. Tudo isso com o acompanhamento de um facilitador, que está preparado caso não haja perguntas e pode até mesmo escolher alguém para que realize alguma indagação. Dessa forma todos ficam muito alive durante todo o processo.
Em época de pouca passividade e muita participação, o modelo de ignite atende perfeitamente ao público que busca aprender, mas também compartilhar conhecimentos e até mesmo trabalhar seu marketing pessoal.
Ele permite a comissão organizadora desenvolver mais temas com menos tempo, ganha a audiência sem gerar cansaço, pois as apresentações são curtas e incitam a proatividade.
Demanda maior preparação por parte do key note speaker para que o mesmo tenha pleno poder de síntese e crie apresentações mais imagéticas que textuais.
Enfim um modelo onde todos ganham e que sem dúvida alguma ganhará os eventos no Brasil!
E então, que tal um ignite?
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