ESG: Respeito é bom, e todo mundo gosta.

Estudo de Harvard e London Business School mostra que empresas com práticas ESG conseguem resultados financeiros superiores em 40%.

ESG: Respeito é bom, e todo mundo gosta.

Essa é a tradução mais simples possível para as famosas letrinhas ESG (Environmental, Social e Governance), que é quando uma empresa busca formas de minimizar seus impactos no meio ambiente, caminhando no sentido de construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas em seu entorno, e mantém os melhores processos de administração e clima organizacional para que estas possam trabalhar.

Práticas ESG ESG
Um estudo da Universidade de Harvard em parceria com a London Business School, analisou 180 empresas americanas nas mesmas condições financeiras, durante 15 anos. Metade delas tinha práticas ESG e conseguiram resultados financeiros superiores em 40%.

Claro que não é só pelo lucro, mas este por si só, é um belo motivo para que você conheça um pouco melhor cada uma dessas letrinhas e entenda os motivos delas serem tão importantes para o presente e o futuro de seu negócio.

A letra E (environmental = ambiental) refere-se às práticas de uma empresa com relação à conservação do meio ambiente e sua atuação sobre temas como aquecimento global e emissão de carbono, poluição do ar e da água, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e escassez de água.

A letra S (social) diz respeito à relação de uma empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo e suas relações, como por exemplo: satisfação dos clientes, proteção de dados e privacidade, diversidade da equipe, engajamento dos funcionários, relacionamento com a comunidade, respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.

E por fim, a letra G (governance = governança), refere-se à administração de uma empresa, como: composição do conselho, estrutura do comitê de auditoria, conduta corporativa, remuneração dos executivos, relação com entidades do Governo e políticos, e a existência de um canal de denúncias, por exemplo.

A necessidade de práticas de ESG foi acelerada pela pandemia, que revelou desigualdades cruéis para muita gente, mas ao mesmo tempo, mostrou que juntos e em sintonia, podemos transformar essa realidade para melhor. O home office é um exemplo real de mudança positiva em nossa vida pessoal e profissional. Assim como ao ficarmos em casa circulamos menos, paramos de viajar e, consequentemente, percebemos uma melhora no ar que respiramos e em nossa qualidade de vida.

Então, quando falamos em ESG, também estamos comprometidos com a responsabilidade socioambiental. Buscamos ter compromisso com a mudança de políticas e da cultura, pensando na preservação do meio ambiente e no mundo que será deixado para as gerações futuras.

Queremos ser competitivos, gerar benefícios econômicos a partir de uma agenda de pautas positivas, sem esquecer de que somos humanos, vulneráveis, sujeitos a acertos e erros, sempre atuantes em ações estratégicas para encontrar novas formas de resolver as coisas. O ESG reconhece que estamos inseridos na sociedade.

As leis de cotas, por exemplo, mudaram o cenário dos ambientes escolar e corporativo, ainda estamos longe do ideal, no entanto, abriram precedentes e provaram que ações afirmativas geram resultados, muito mais duradouros e escaláveis do que boa vontade por si só.

Precisamos de processos e de metas. É assim que as empresas adeptas ao ESG estão conseguindo se destacar e turbinar os seus negócios em ações como: evitar o descarte de resíduos no meio ambiente e, utilizar como matéria-prima, materiais antes descartados em aterros sanitários. Criar adubos orgânicos com resíduo de produção, utilizar energia limpa tanto para a produção, quanto para o transporte de mercadoria ou desenvolver o plástico reciclável pós-consumo para as embalagens, entre outras tantas iniciativas transformadoras.

E quando falamos do Live Marketing, do mercado de Comunicação ou da Indústria de Serviços a qual pertencemos, claro que não precisamos assumir o compromisso prioritário de zerar a emissão de carbono, mas podemos contribuir a partir do que já está ao nosso alcance, como por exemplo, cuidar e respeitar as pessoas a partir da inclusão de suas diferenças no ambiente e na estratégia de nosso negócio. Podemos contribuir agora, transformando nossas empresas em ambientes seguros para que as pessoas possam ser quem elas são e assim, potencializar vidas e negócios.

É a partir dos benefícios da Diversidade e da Inclusão que podemos iniciar o processo, criando uma nova cultura corporativa – que vai transformar primeiro as pessoas, e elas serão protagonistas da transformação no mundo dos negócios.

Podemos conectar nossas agências aos valores humanos de nossos colaboradores, que se sentirão convidados a inovar pelo propósito maior de celebrar a vida e o planeta. Pessoas estas, que querem fazer o que é certo, principalmente quando falamos das novas gerações “Millenial” e “Z”, que estão escolhendo para consumir ou para trabalhar somente empresas que estejam alinhadas com os seus valores.

Por isso, o ESG reconhece e premia o esforço de empresas que buscam estar alinhadas com os anseios de toda a cadeia produtiva que está à sua volta. Empresas que traduzem estes esforços em ações do dia a dia. Que tratam com transparência seus fornecedores, clientes e consumidores, que apoiam as suas comunidades e que abraçam as diferenças.

E este é um movimento que geralmente acontece a partir do propósito do dono ou de um dos sócios do negócio, mas ele pode vir também da demanda dos clientes ou de questões legais, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). O fato é que o papel de fortalecer e proteger as pessoas e o Planeta a partir das empresas é o melhor e mais seguro caminho para esse futuro que queremos.

E neste mundo conectado, as boas práticas nos protegem mitigando riscos e evitando gastos e problemas futuros. Pense no Brasil como um dos maiores exportadores do agronegócio. Se não estivermos alinhados ao ESG, os consumidores espalhados pelo mundo saberão, e estarão fortemente direcionando seus desejos e compras para outros países, que se comportam de forma sustentável. Então, não temos escolha. Até mesmo porque, não existe um plano “B” para o nosso Planeta.

Fonte: um.a Diversidade Criativa