Paz no Oriente Médio

A paz está mais nas mãos dos cidadãos do que realmente de seus governantes...

É muito fácil para nós, brasileiros, criticarmos os conflitos ou guerras por esse mundo afora. A ideia de uma guerra como as que existem hoje em regiões do Oriente Médio e Ucrânia com Rússia é uma realidade muito vaga e inexistente por aqui. No entanto, vivemos sim, aqui, um outro tipo de guerra (subliminar), mas tão real que nos acostumamos a ela no nosso dia a dia. São os inúmeros roubos e assassinatos que acontecem a cada esquina das grandes cidades e pelas estáticas ultrapassam até o número de mortos das guerras pelo mundo afora.

Bem, esse Blog não é para nos aprofundarmos muito nas questões sociais brasileiras e sim, para pensarmos nos inocentes que estão cercados pelas guerras desse mundo. Quero falar mais daqueles conflitos que me deixam mais emocionado e me deixa triste como os que acontece no Oriente Médio.

Quem me conhece sabe que viajo para regiões de conflito há mais de 4 anos e não consigo mais mudar os meus itinerários. Turquia, Siria, Libano, Egito, Israel, Jordânia, Palestina (Gaza e Cisjordânia) e Irã. Estou embarcando na próxima semana para o Irã e, claro, com a minha sede de informação tenho encontrado videos , livros, blogs, histórias que muitas vezes me fazem chorar.

Uma delas é num documentário chamado Promises, que mostra a visão das crianças palestinas e judias sobre este conflito. É de emocionar e chorar mesmo, principalmente quando você tem amigos dos dois lados e já conviveu com ambos a melhor parte da paz que é a amizade. (imperdível).

Com essa paixão pela região desde que a conheci me aprofundei através de vários filmes e chego a viajar, mesmo dentro do Brasil, se souber que tem alguma exposição referente a algum lugar daquela região.

Na semana passada mesmo assisti um filme divertidíssimo chamado: "When pigs have wings" - sobre um pescador de Gaza que pesca um porco. Ao mesmo tempo de ser divertido mostra a fragilidade entre estes dois povos. O porco é inaceitável nos dois lados e em determinado momento do filme, eles colocavam meias no animal para não pisar nem do lado palestino e nem israelense. 

Para quem se aprofunda em revoluções também indico o maravilhoso documentário chamado The Square que concorreu ao Oscar e que fala sobre a Praça Tahrir no Cairo, que pra mim, sinceramente, mesmo sendo feia, suja, escuro e perigosa dá mais prazer de visitar do que a própria Torre Eiffel, em Paris. É claro, que este é meu ponto de vista.

Aliás, volto ao Egito também nesta minha próxima viagem.

Um dos vídeos que quero mostrar, agora, é uma iniciativa brilhante, emocionante e maravilhosa de um israelense que manda mensagens para iranianos pela internet. E, de repente para felicidade de todos, vários iranianos respondem com o mesmo carinho, mostrando que dentro de um país em guerra não são todos que desejam a destruição do outro. Aliás a grande maioria. Muitas destas guerras vêm de líderes religiosos ou mesmo políticos que precisam marcar seus governos mesmo que seja a base de sangue. Ok, não vamos discutir a política de ninguém, principalmente porque a nossa também não é das melhores e nem um bom exemplo.

Espero que gostem dos vídeos e daqui uns dias eu mando notícias diretamente destes lugares.

Curiosidade: você sabia que a maior comunidade de judeus fora de Israel, no Oriente Médio fica no Irã? E não são perseguidos como os próprios árabes? Você sabia que na guerra Irã e Iraque, quem ajudou o Irã com armas e apoio, foi Israel?.

E hoje se declaram inimigos mortais dizendo que um quer destruir o outro? A Síria é também uma história a parte e infelizmente num momento bem triste. Pois parece que o Mundo esqueceu eles por lá porque não são o interesse político da vez.

Só para mexer um pouco com o consciente de nós brasileiros tão longes e as vezes tão reféns de mídias sensacionalistas, apresento os dois vídeos abaixos com a versão happy do cantor Pharrel Williams gravados de um lado com iranianos e do outro com israelenses. E me digam se estes jovens não tem muito haver um com o outro. E graças ideologias religiosas e políticas são limitados a se conhecerem, mesmo estando num tempo de uma ponte aérea entre as suas cidades.

Me desculpem por utilizar tantos vídeos para ilustrar o meu texto, mas talvez algumas imagens toquem mais que simples palavras. Eu fui, vou e estive em quase todos estes lugares e digo que é muito especial.

Estarei na Turquia, Irã e Egito numa viagem de um mês.

Me acompanhem...