Em tempos de debate sobre destinos inteligentes? Será que estamos lidando com políticas inteligentes?

Lidar com a questão da inteligência para o seu Destino é muito mais simples e barato que imagina! Veja aqui as dicas e orientações.

Política de Turismo inteligente se faz com informação inteligente, não é? E o que fazer quando as informações da demanda e oferta disponíveis são defasadas e de baixa qualidade? Esta é a realidade de muitas Secretarias de Turismo. E não adianta recorrer aos universitários. Pouquissímas são as faculdades de turismo que gostam e falam com propriedade sobre mercado turístico. Tocar nesse assunto lá, é quase uma heresia.

E o Innovation do rebolation, então? Cuidado com aqueles que trazem dificuldade para vender facilidade, trazendo o tema como algo de outro planeta! Lidar com a questão da inteligência para o seu Destino é muito mais simples e barato que imagina! Veja aqui as dicas e orientações.

(1) Comece pelo simples e pelo fácil. Una as pontas entre compradores (Agências e Operadoras + Empresas de Eventos, não-locais) e vendedores (Agências de Receptivo - se houver alguma -, Hotéis, Guias, Restaurantes e Empresas de Eventos, locais). Use o poder de articulação da sua entidade para promover periodicamente (1 por semestre) rodadas de negócios. São ações baratas e fáceis de encontrar apoio e parceiros, pois todo mundo sai ganhando. O seu trabalho é acompanhar os resultados destas conversas, percebendo gargalos e oportunidades. É dos desdobramentos destas é que residem as informações e a inteligência de que você, as entidades e o trade precisam.

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(2) Olhe o turismo da sua cidade de dentro para fora, explore segmentos turísticos e econômicos da sua cidade. Se sua cidade tem apelo rural chame operadoras que trabalham com este segmento. Se sua cidade produz boné, chame compradores de boné de outros centros. E assim por diante. Eventos são para isso mesmo.

(3) Pense no curto prazo. Em outras palavras, antes de buscar informações de como a Geração XP500-Blaster irá influenciar o seu mercado, ou de como vamos consumir em 2030, construa e aplique as informações a partir do que é real neste momento. Olhe o que está a sua volta agora! Esta que é a sua real matriz de competitividade, e é a partir dela que se olha para frente, escolhendo as melhores estratégias, recursos e ações.

Já está mais do que na hora do MTUR se atentar para este tipo de Política de Turismo. Na ausência de uma, viabilize o mercado local através da cooperação. Pense nisso!

Dúvidas, esclarecimentos? Pergunte!

Eduardo Mielke, com doutorado em Desenvolvimento Turístico pela Univerdidade de Málaga, é experto em Política e Gestão Pública para Turismo. Escreve semanalmente.