E agora, pra onde?

Sem choro, nem vela. Tá ruim pra todo mundo. E agora? Há o que se fazer ao invés do lamento em cântico: a festa acabou, o povo sumiu a noite esfriou... E a gente continua só olhando para um lado das coisas.

E agora, pra onde? O caminho está aqui.

Sem choro, nem vela. Tá ruim pra todo mundo. E agora?

Mas nem por isso o mundo acabou, né? Há o que se fazer ao invés do lamento em cântico: a festa acabou, o povo sumiu a noite esfriou...

O mercado tá chato, ok. Os chatos do mercado estão mais chatos, os júniores usando fralda, os pagamentos em 30 dias sumiram.... sniff... e a culpa, a culpa... a culpa é nossa...sniff.

E a gente continua só olhando para um lado das coisas.

Ei...você mesmo aí, você que é sem nome, que zomba dos outros... que ama e protesta? Por quê? Por quem? Por um cara, uma pessoa, um partido? Por você, por sua família, pela cidade, pelo estado, pelo País, pelo mercado...Não? Por quê? Por quem?

Qual sua crença? Qual a minha? Qual a nossa? Sim, nossa. Nós estamos nesse barco também, meu, e juntos.

Tá sem carinho, sem discurso... a vida tá cara, o lazer acabou? Já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode... e não pode mesmo.

E pra tantos Josés, que somos, surgem as perguntas de Drummond. Quem vai responder?

E, como sempre, parece, buscamos as respostas na inércia, na omissão, na fuga, na fila, nas reclamações, falando sempre com quem está atrás, sem olhar pra frente: Pois é irmão... a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, hein?

Mas e para os lados? E para cima? Não olhamos? Não há opções? Há!

Onde está a sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro... seu sonho e sua determinação em empreender e buscar soluções?

Temos vivido no mercado dos covardes e omissos, como se não houvesse nada a fazer.

As marcas, os clientes, sabem que precisam vender, sabem que precisam se destacar, se individualizar, ser desejados, se tornar experiência única para que consumidores e shoppers os queiram.

Sabem, e mais que nunca precisam disso. E o que estamos levando? O mesmo? Pedindo a concorrência nossa de cada dia?

Crise é uma palavra idiota que mostra um momento em que as coisas não são boas.

Só que nós vivemos em crise. No trabalho, no casamento, na vida, na economia, em tudo, vivemos em crise. E o que sempre fazemos quando os jornais não nos chamam a atenção dela e ela não vira a noticia preferida de economistas, jornalistas e pessimistas de plantão? Hein?

Nós buscamos soluções, nos replanejamos, buscamos saídas, mudamos ações e posturas... Sacou? Sempre mudamos, e nos mudamos, nas nossas crises.

Por que não fazemos isso agora também?

E se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense... Deprimir, chorar, morrer? .... Não! Você não morre, você é duro.

Somos a solução. Tudo vai mudar. Comecemos a mudança, então. Ao invés de esperar, vamos propor, ao invés do emprego, empreender, vender, de ideias a produtos. Chega da mesa. Vamos para rua.

Mostremo-nos diferentes, porque se o mundo não acabar (e não vai), haverá sempre quem compre, troque, colecione, queira viver emoções, momentos, marcas e, portanto, esse mundo Live vai estar na sua frente, a sua espera para que você faça as promoções, o merchandising, o incentivo, o relacionamento, as ativações e patrocínios, vivendo momentos especiais.

Não se sinta sozinho no escuro, qual bicho-do-mato, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope... marche comigo no Live Marketing, na vida ao vivo, nos encontros vivos.

Para onde? Para onde as ideias, os projetos, os planos, o foco, a coragem, o trabalho, a fé em si mesmo e os bons profissionais estejam.

Fuja dos idiotas! Dos depressivos, dos pessimistas, dos Manés e dos Josés perdidos.

Tudo isso vai passar nessa avenida...

Opa, isso já é outra canção.

°Texto inspirado na poesia “E agora José", de Carlos Drummond de Andrade.