AMC – Assédio Moral Corporativo
Num momento em que se discute o fim do assédio, considerando a utilização da força, supremacia e o aproveitamento de relações para submeter quem está em posição mais frágil ou fragilizada a suas vontades e desejos.
Em que empresas avocam éticas e regras de Compliance nas relações, surge oportuno texto do genial Maurício Magalhães no Meio & Mensagem dando voz e nomeando a forma com a qual empresas lidam com outras empresas, se aproveitando de sua posição: o AMC - Assédio Moral Corporativo.
Ele diz, no texto, que algumas ações de assédio são:
“...solicitar - aliás, solicitar não, exigir – na sexta-feira, à tarde, um job ou sua correção para segunda-feira às 9h. Ou, de um dia para o outro, com direito à virada de noite. Sem remuneração adicional...
Concorrência com dez agências para um cliente que se dá ao direito de ter a propriedade intelectual do trabalho de cada uma das agências. Absurdo “triplo carpado”, pois, além da quantidade inexplicável de players, não remunera, nem indignamente, muito menos dignamente...
Empresa bilionária, listada na Bolsa – ou mesmo uma empresa média, paga em 120 dias. “Ah, mas a agência tem a oportunidade única de antecipar os recursos com desconto do ‘custo do dinheiro.’ ” Onde? No próprio cliente! – imoral!...”
Poderia seguir com todo texto brilhante do Maurício para mostrar o óbvio:
Com que moral empresas que praticam esse assédio, avocam ética e moral e seu Compliance para falar de assédio, reprovando-o?
Imaginam que estão num Parque de Diversões (mercado), na barraca do tiro ao pato.
Querem brincar, e brincam, com os patinhos (agências), usando armas desproporcionais (armas de verdade ao invés das de ar).
Têm acertado patinhos de raspão e maculando suas expertises e arranhando sua existências, especialmente desrespeitando seus profissionais.
Mas, e pior, têm acertado em cheio alguns, destruindo-os sem dó com suas atitudes nefastas e aproveitadoras.
Maurício, VP Nacional da Ampro, é preciso no tiro de volta. E mostra uma decisão clara de questionamento:
Temos que procurar juntos um mercado ético e justo, sob pena de não sobrar pato.
Já escrevi algumas vezes sobre o assunto, mas nunca com a grandeza e precisão do Maurício.
Vale ler na íntegra seu artigo.
E não me venham com Compliance!
#bastadeamc
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