Turismo Consciente e Acessível são alguns dos novos caminhos adotados pelo setor, contando com a ajuda governamental

Os palestrantes do painel começaram destacando o Dia Mundial do Turismo Responsável que irá acontecer no dia 06 de novembro de 2013, em Londres, e sua importância na conscientização do setor em pensar o turismo de forma mais sustentável. Como salientou Alejandro Varela, diretor regional para as Américas da UNWTO, o mercado latino americano movimenta 2 milhões de turistas internacionais, o que representa cerca de 2 bilhões de dólares, ou seja, é um setor que tem que ser levado a sério pelos governos devido a sua importante contribuição ao PIB e seu impacto na vida das pessoas. É fundamental, portanto, que existam políticas governamentais que se preocupem com o impacto do turismo no meio-ambiente, contando também com a cooperação das empresas do setor privado.

Carla Denisse Zambrano, secretária de turismo do Equador, apresentou em sua palestra os caminhos adotados por seu governo em direção a um turismo mais amigável com a natureza e com a sociedade, chamado por eles de “Turismo Consciente”. A partir de uma mudança constitucional em 2008, o governo equatoriano passou por uma mudança em sua visão estratégica, implantando uma lei de turismo que propõe um desenvolvimento sustentável, levando em conta à ética e a responsabilidade social. Hoje o país é um exemplo em ações pragmáticas de defesa do meio ambiente, contando com extensa área de preservação ambiental, como as Ilhas Galápagos.

Representando a Catalunha, região espanhola cuja capital é Barcelona, Xavier Espasa apresentou o conceito de Turismo Acessível. Segundo Xavier, o turismo deve ser considerado um direito fundamental para todos, incluindo deficientes e pessoas com mobilidade reduzida, pois representa qualidade de vida. Sendo assim, conseguiram conscientizar a indústria de turismo sobre a necessidade de tornar seus produtos e serviços acessíveis para esse público, levando o projeto para hotéis, restaurantes, transporte, itinerários, sendo que hoje já são 24 locais acessíveis. A ideia agora é ampliar cada vez mais o projeto e divulgá-lo através do site do projeto, contando inclusive com linguagem de sinais e legendas, aumentando ainda mais a qualidade da experiência de turismo para este público específico. E claro, para levar um projeto deste porte adiante é fundamental a colaboração e o apoio do governo.