A vacinação tem ocorrido de forma surpreendente, em nosso país. O modelo do SUS funciona muito bem e poderíamos ter evitado muitas mortes, se o governo federal tivesse sido mais ágil na compra dos imunizantes e na sua política negacionista e de aplicação de fármacos não reconhecidos ate hoje. No entanto, é fundamental deixar bem claro, de uma vez por todas, conforme preconizam, os maiores pesquisadores, que a vacina só terá efeito se vier acompanhada de medidas, como uso obrigatório das máscaras, distanciamento e higienização constante das mãos.
Vejam o que está acontecendo na Europa neste momento. Sobretudo no Reino Unido, que flexibilizou tanto que novos casos estão sendo identificados, em número expressivo. País que apostou na vacina, mas que autorizou eventos em locais fechados sem mascara, onde se deu com certeza, a contaminação. Áustria, Holanda e Alemanha já se preparam para novas medidas de confinamento. Na Alemanha, exemplo de solidariedade com o resto do mundo através de seus médicos, já começam a faltar leitos em hospitais. Vamos voltar nossos olhos para tais países e repensar nossa forma de atuação.
Aqui, cabe uma menção especial ao home office, que funciona em mais de 65% das atividades laborais e empresas, que veio para ficar e ser instituído, com legislação específica, como ocorreu recentemente em Portugal. É uma forma de evitar aglomeração no transporte urbano, que estamos verificando diariamente, inclusive com corte sem controle de frota e horário, por parte das empresas que receberam concessão. Não, o home office não é o queridinho da imprensa brasileira, como afirmou recentemente um jornal, mas uma tendência para minimizar custos e ajudar a saúde mental.
Pensar em réveillon e carnaval, em plena pandemia e aumento de casos no mundo inteiro, com possibilidade de população flutuante e aglomeração, não é indicado nem plausível. Grandes carnavais já começam a ser cancelados, assim como réveillon, em lugares que possibilitem numero elevado de pessoas. Fora a característica afetuosa de nossa população com beijos e abraços o tempo inteiro. Tenho a impressão de que vários Prefeitos e Governadores, pressionados pelo lado econômico, estão se distanciando da realidade, que lhes deu o título de proteger as pessoas e não de agradar.
Concordo que a economia precisa ser retomada e o turismo também, mas de forma profissional e de preservar vidas. O turismo receptivo internacional ainda vai demorar no mínimo 2 anos, e os parcos recursos existentes não podem ser para custear escritórios no exterior, como a recente esdrúxula ideia do governo federal, na abertura de um escritório em Dubai.
Vamos buscar planejamento na promoção e participação em eventos de Turismo. É interessante ver que estão sendo muitas vezes custeados por órgãos governamentais de turismo, que nem sequer um plano municipal de turismo, com metas mensuráveis possui. Acreditem ou não, é um tal de realizar mesas de trabalho em salões fechados dos anos 90, sem nenhuma inovação.
Nossa sobrevivência está, mais do que nunca, na criatividade, no trabalho conjunto, na busca de consultorias para adequação, no gasto do dinheiro publico com parcimônia em transporte, diárias e stands e no trabalho em grupo, e não em nome próprio ou visando se candidatar nas próximas eleições.
E um grito de alerta. É um momento de bainstorming, não de vomitar atividades e projetos. Reavaliar produtos, inserir novas certificações, treinar,reciclar, promover para segmentos definidos e conseguir sobreviver com o mercado domestico e a vontade de acertar com planejamento. Divulgar sempre os resultados de cada ação e não a realização da mesma.
E hora de parar para um feedback, sem medo de criticas, pois o mundo se constrói no devir, nos pensamentos distintos e na certeza de que a evolução passa pelo antagonismo de ideias.
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