LACTTE 2008 - Kevin Maguire fala com exclusividade à EVENTOS

Em entrevista exclusiva o presidente da NBTA – National Business Travel Association falou sobre as dificuldades que enfrentam os gestores de viagens corporativas em todo mundo

Em entrevista exclusiva à Revista EVENTOS, o presidente da NBTA – National Business Travel Association, Kevin Maguire, falou sobre as dificuldades que enfrentam os gestores de viagens corporativas em todo mundo e revelou que as preocupações brasileiras não são tão diferentes das brasileiras.

Kevin Maguire se disse feliz por vir ao Brasil, não só porque os representantes da terra brasilis quando comparecem em massa na conferência da associação nos Estados Unidos sempre aparecem munidos de boas idéias, curiosidade profissional e alegria, mas porque é um alívio abandonar o frio norte-americano para aterrisar no verão brasileiro.

Em relação aos problemas enfrentados pelos viajantes corporativos no Brasil, Maguire disse que a situação é bastante semelhante no mundo todo, “a preocupação com a capacidade de vôos e a situação dos controladores aéreos acontecem mundo afora, mas ainda não foi encontrada uma solução real para esses problemas”.

Já sobre a posição ocupada pelo Brasil no setor de viajantes corporativos, Maguire disse que os Estados Unidos, por terem percebido a importância do setor muito cedo, realmente possuem uma posição líder, mas o Brasil não perde para nenhum país da Europa e Ásia, inclusive se encontra em maior desenvolvimento do que alguns dos países dessas regiões.

Falando sobre tendências, Maguire disse que o que todos os gestores procuram hoje é reduzir despesas, para isso utilizam os mesmos fornecedores, ou reduzem o número de fornecedores, para garantir descontos e parcerias duradouras. Maguire acrescenta que mesmo fazendo um trabalho ruim, os gestores de viagens conseguem economizar 15% graças os sistemas de reserva. Outra preocupação crescente decorre da ecoeficiência, tão em vigor nos Estados Unidos.

De acordo com Maguire, não são só os viajantes corporativos que estão procurando alternativas mais ecoeficientes, essa é uma tendência geral que muitas vezes implica na própria política de certas empresas, no caso a Nike a Adidas, que optaram por iniciativas ecologicamente sustentáveis em todos os níveis de trabalho, incluindo aí, as viagens corporativas. Porém Maguire alerta que ainda nenhuma empresa ou companhia aérea apresentou uma resposta viável a essa crescente demanda.

O presidente ainda falou sobre a dificuldade que mesmo a NBTA tem ao sensibilizar o governo sobre a importância do setor . Uma das reclamações de Viviânne Martins, as viagens corporativas representam no Brasil 60% do setor de viagens e deveria portanto ganhar atenção do governo, em especial, do Ministério do Turismo.

Nos Estados Unidos, de acordo com Maguire a situação não é tão diferente, mesmo com um lobista em ação, o governo ainda não supre as necessidades e demandas do setor. Inclusive, o presidente disse que uma iniciativa como a da ABGEV de encomendar um estudo como o IEVC – Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas é importantíssima, tanto que a própria NBTA pretende seguir o exemplo e encomendar estudo semelhante para o mercado norte-americano.