EBEMP coloca em prática teses defendidadas no IV Congresso de Publicidade

O evento coloca em prática teses da Ampro defendidas no IV Congresso de Publicidade, como remuneração, certificação, direito autoral e concorrência

Na última terça-feira (7), a Ampro realizou o 5º EBEMP (Encontro Brasileiro de Empresas de Marketing Promocional) que aconteceu na Câmara Britânica, em São Paulo. O evento é uma  convenção das agências de marketing promocional, e teve como escopo discutir abertamente as quatro teses defendidas no IV Congresso de Publicidade: remuneração, certificação, concorrência e direito autoral.

O encontro foi composto por quatro painéis focados em diversificados temas. A apresentação da tese foi feita por ex-presidentes da entidade e ex-presidentes do conselho.Em seguida, houve debate com três convidados do setor.

"Nosso objetivo é esclarecer todas as dúvidas dos profissionais e discutir a aplicabilidade das teses. Temos uma gama de empresas associadas de portes distintos e regiões diferentes do Brasil. Apesar dessa diversidade, cada empresa deve vislumbrar na prática os ganhos que todo o mercado terá na adoção das quatro teses", afirma Elza Tsumori, presidente da Executiva Nacional da Ampro.

Entre os debatedores estiveram presentes donos de empresas de diferentes portes, áreas de atuação e regiões do Brasil, como Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O intuito, além do debate, era ter um panorama das especificidades de cada região para que as 4 teses sejam aplicadas nacionalmente.

Remuneração

Cinco associados integraram a mesa do debate sobre remuneração, presidido por Gilmar Caldeira. O executivo defendeu que o valor mínimo cobrado pelas agências deve ser de 15% sob o investimento do cliente. "Não podemos nos deixar aviltar. As pessoas sabem a importância do marketing promocional, mas muitas ainda não valorizam a profissão. Somos nós que temos a responsabilidade de moldar o setor e se fazer respeitar, o que é fundamental. Mudar a maneira de cobrar e exigir um valor mínimo é a garantia de novos investimentos em serviços, mão de obra, e qualidade de trabalho", explica ao emendar que remuneração adequada garante concorrência saudável. “Se as todas as agências pararem de se vender por preços injustos, o setor será muito mais competitivo”.

Certificação

"Contratar os serviços de agências certificadas é a garantia de resultados de qualidade, pautados na ética e legitimidade". Quem afirma é João Carlos Zicard, empresário que presidiu o painel sobre certificações.

Segundo ele, "cada cliente tem a agência que merece e isso depende de quanto cada um está disposto a pagar". "Se você investe alto e em uma empresa de respaldo, certamente seu pedido será atendido e você terá resultados. Por isso a importância de contratar quem tem a certificação", conta.

Apesar das campanhas que vêm sendo realizadas pela Ampro, muitas empresas ainda não possuem o selo, de acordo com Zicard."No Brasil apenas a Zicard e a Ability estão certificadas. Daqui a alguns meses outras agências farão parte deste processo, mas ainda temos um longo caminho pela frente", explica.

O empresário está otimista."A partir de fevereiro do ano que vem todas as empresas de marketing promocional vão correr em busca da certificação, pois será uma exigência do cliente". 

Painel de concorrência

Em um painel dinâmico Paulo Alimonda, ex-presidente da entidade e diretor da SM Comunicação destacou a regulamentação do código de ética (1993) para regulamentação no processo da associação e conclusão em questões regionais do país.

Em entrevista ao PORTAL EVENTOS Alimonda menciona que a atuação regional no processo de decisão é de fundamental importância. "As discussões tiveram o intuito de quebrar paradigmas e motivar uma prática do Código de Ética da AMPRO. Acredito que o convênio feito com a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) fará este intercâmbio mais próximo com o cliente final, o que facilitará a concorrência ética”, diz.
 
Para Fernando Figueiredo, da Bullet, um dos 
temas salientados no congresso, e que inquietou os participantes foi a: Campanha Diga Não!

A campanha que deve ser projetada pela Bullet tem o objetivo dizer não a concorrência desleal, pratica de preços baixos, "debatemos algo que tenha uma concorrência sustentável”, completa Figueiredo. 

As cadeiras do debate foram compostas por Cristy Martins (H2O Comunicação Estratégica), Edmundo Monteiro (Peoplemais), Eliete Quadros (Marprom Marketing e Promoções), Fernando Figueiredo (Bullet), Marcia Woolf (PromoOffice) e Paulo Persigo (PP3 Promotion).

Direito autoral

A discussão sobre o direito autoral contou com as palestras de Fábio Valim, ex-presidente do conselho da entidade e diretor da Impact Marketing Promocional e Antonio Salgado Peres Neto, vice-presidente de legislação da AMPRO e diretor da ASPN Soluções Legais. Valim comentou sobre a necessidade da revisão do documento atual sugerido pela AMPRO sobre os procedimentos que as agências devem tomar em relação aos direitos autorais, enquanto Salgado enfatizou a importância de se estudar uma forma de proteger a solução estratégica que deve acompanhar a idéia durante a apresentação do projeto ao cliente. “Temos uma necessidade de materialização da idéia. No entanto, 70% dela está na solução estratégica que temos que apresentar ao cliente e não há como proteger isso. É nela que está o ganho do cliente", enfatiza.

Um dos participantes no painel Wagner Bastos, da Ponto Promo diz que as inquietudes dos painéis movimentarão o setor. "Muitos acreditam que é utopia as agências cumprirem a risca este direto, mas discordo das negativa. O setor esta se movimentando e precisamos criar estratégias para reservar os nossos direitos".

Na avaliaçãos dos participantes, o congresso permitiu que a entidade avance na meta de colocar em prática a tese defendida no IV Congresso de Publicidade e levar os primeiros resultados, um ano depois, no Fórum Permanente da Comunicação, previsto para maio de 2009 em São Paulo.

Serviço
www.ampro.com.br

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