Quando o assunto é cenografia, os detalhes e as técnicas de montagem fazem toda a diferença para criar um lugar visualmente atrativo e oferecer uma experiência única e inesquecível. Mas o que pode ser aparentemente atraente, se não for bem planejado, pode também causar um grande mal ao meio ambiente.
O baixo consumo de materiais não renováveis, priorizando a alocação de recursos em mão de obra resultando em benefícios sociais tangíveis, nos faz refletir sobre como podemos não apenas criar experiências memoráveis, mas também contribuir positivamente com a sociedade e o mundo.
A grande jornada rumo à Nova Era da Cenografia Responsável tem sido marcada por inovação, criatividade e, claro, a busca constante por resultados. A indústria de eventos tem um impacto significativo no consumo de recursos naturais e na geração de resíduos.
Como profissionais experientes, estamos em posição privilegiada para liderar a transformação para práticas mais sustentáveis e as tendências nos mostram que o caminho que todos estão começando a enxergar convergem entre tecnologia, foco na experiência e sustentabilidade. É sobre repensar a inteligência dos projetos para a reutilização e reaproveitamento de materiais utilizados
A economia de materiais aliada à distribuição equitativa de renda é um caminho a ser explorado, e acredito que podemos conduzir essa mudança, mas como?
É imperativo que todos os envolvidos na cadeia de produção de eventos corporativos se conscientizem da necessidade de incorporar práticas sustentáveis e critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) em suas operações. Esta é uma oportunidade para demonstrar comprometimento com valores éticos, transparência e responsabilidade, ao mesmo tempo que somos criativos para entregar experiências marcantes.
Nesse contexto, temos a urgente necessidade de desenvolver soluções estruturais e modulares inovadoras. Por exemplo, não foi à toa que ao longo dos últimos 5 anos vimos um crescente aumento no número de cenografias que tinham andaimes como partido estrutural e desdobrar a cenografia a partir dela, afinal, ele é uma estrutura versátil - permite diferentes composições, reduzindo a necessidade de construir uma cenografia diminuindo o uso de materiais e futuros resíduos - além de ser viável economicamente, que virou um certo queridinho dos projetistas de cenografia.
Entretanto, carecemos de diversidade no quesito “elementos modulares” e, muitas vezes, soluções repetidas acontecem. Então, os fornecedores que se adaptarem rapidamente e abraçarem a criatividade na busca por alternativas sustentáveis despontarão como líderes no mercado em constante evolução.
Precisamos de ferramentas inovadoras para moldar o “cenário” da cenografia de eventos corporativos. Tem que haver união nesse movimento de transformação, para juntos, repensarmos conceitos, materiais e processos, e construirmos um legado de eventos corporativos impactantes e conscientes.
O futuro já está sendo delineado e aqueles que liderarem com visão ecológica colherão não somente benefícios financeiros, mas a satisfação de contribuir para um planeta mais saudável e equilibrado.
Cada evento é uma celebração não apenas do presente, mas também de um futuro sustentável para todos. Como o mercado vai se desdobrar nesse novo horizonte de “eventos”? Aguardemos os próximos passos.
*Antonio Alef é projetista de Cenografia da Netza Martech Agency
Comentários