Skål Internacional debate benefícios e riscos da adoção do Passaporte de Saúde

Na quinta-feira da semana passada (18/03), às 5 horas (horário Brasil e 9 horas, Madrid – Espanha), o Skål Internacional promoveu um Webinar para debater os benefícios e riscos da adoção do Passaporte de Saúde. Daniela Otero, CEO da Skål International, Madrid; Eduardo Santander, CEO da European Travel Commission, Bruxelles e Mario Hardy, CEO da PATA – Pacific Asia Travel Association, Bangkok, conduziram a live.

Na quinta-feira da semana passada (18/03), às 5 horas (horário Brasil e 9 horas, Madrid – Espanha), o Skål Internacional promoveu um Webinar para debater os benefícios e riscos da adoção do Passaporte de Saúde. Daniela Otero, CEO da Skål International, Madrid; Eduardo Santander, CEO da European Travel Commission, Bruxelles; e Mario Hardy, CEO da PATA – Pacific Asia Travel Association, Bangkok, conduziram a live.

Lawrence Reinisch, coordenador do Projeto Young Skål em São Paulo

O webinar reforçou muitas informações sobre as quais já tínhamos conhecimento, por haver lido ou discutido nos últimos meses, semanas e dias”, afirma Lawrence Reinisch, coordenador do Projeto Young Skål em São Paulo. Três pontos foram consenso: A recuperação será lenta; todos precisamos dar suporte uns aos outros e o certificado não deverá discriminar qualquer pessoa, seja qual for a nacionalidade do viajante.

Em princípio, o certificado de vacinação contra a Covid-19 poderia até ser uma página adicional do certificado internacional de febre amarela, mas o certificado digital fornece evidentemente muito mais segurança.

Panorama global

Na véspera do Webinar do Skål Internacional, a União Europeia anunciou a formatação do seu Green Certificate. Eduardo Santander mantém a expectativa de obter recuperação parcial do turismo no late summer – final do verão europeu; quando a grande maioria da população desfruta de suas férias.

O continente asiático conta estar com seu tráfego interno liberado a partir de outubro. A China já desenvolveu seu certificado. E segundo Mario Hardy, “na Tailândia, o turista chega com teste feito, vai para hotel. Após três dias ele é testado novamente. Continua com movimentação restrita por mais quatro dias, quando é testado mais uma vez para poder ser liberado”.

Hardy também esclareceu a diferença entre um Digital Health Pass, que contém testes, provas de recuperação e vacinas; e um Digital Health Passport, que contém, além das vacinas, o histórico médico com informação detalhada.

Consenso

Daniela Otero fechou o consenso entre os participantes do Webinar, sobre a necessidade de haver um único certificado digital - com possível versão em papel - e QRCode como padrão, bilíngue (inglês e idioma local), lote da vacina, aceito internacionalmente e gratuito, “para evitar repetir a confusão que se criou na aviação mundial, a partir dos atentados de setembro de 2001, com medidas unilaterais e conflitantes entre si”, comenta Reinisch.

Preocupações

A provável inclusão de informações mais detalhadas sobre o histórico de saúde do viajante, no caso do Digital Health Passport, gera preocupação quanto à privacidade de dados. Do mesmo modo, preocupa o fato de o vacinado poder ainda transmitir a doença – o que, na prática, significa ser preciso manter a aplicação de testes, independentemente de o viajante haver sido vacinado.

“Algo que não foi destacado, mas que me preocupa, é como será controlado o risco adicional de contaminação e propagação, em viagens para múltiplos destinos, em prazo curto – tanto no caso do Leisure, quanto no MICE e do Corporate”, acrescenta Reinisch.

Brasil seguro

Na opinião de Walter Teixeira, presidente da Skål Internacional São Paulo, o assunto tratado nesta live é de extrema importância para a organização do setor como um todo.


Fonte: Assessoria