Skål Internacional SP revela resultados da 1a etapa da pesquisa realizada com 82 jovens skålegas de origem asiática

Jovens skålegas da Ásia buscam ter contato com outras culturas
Isabella Galvão Mesquita, João Carlos dos Santos, Kevin Lima Ferreira e Pedro Venosa de Oliviera Lima

O Programa Skål Jovem (Young Skål), iniciado no Brasil com a participação de alunos e professores de instituições de ensino superior (Anhembi Morumbi, EACH-USP e ECA-USP), contempla uma série de atividades desenvolvidas com um novo enfoque em temáticas como empreendedorismo; sustentabilidade ecológica; preocupação social e inclusão.

“O processo de renovação da Skål.org, a mais longeva (fundada em 1934 em Paris) e a única associação mundial que reúne cerca de 13 mil profissionais dos diferentes segmentos do setor de viagens, turismo e eventos, avança a partir da digitalização do networking presente em 98 países”,

Aberto, inicialmente, à participação de até 10 alunos dos terceiros e quartos ano por instituição, com mentoria integrada por professores e skålers, sob a coordenação de Lawrence Reinisch, o programa YS revela o perfil dos jovens membros associados atuantes no mercado asiático, que compõem amostra da pesquisa estruturada com base em questionário auto preenchido.

Perfil da amostra

82 respondentes, sendo 67.1% deles do gênero feminino; 30,5% masculino e 1,2% outros e 1,2% não declarantes. A maioria deles constituída por jovens japoneses (50%) e indianos (43%), seguidos por respondentes chineses (2%) e de outras nacionalidades (5%). A faixa etária predominante de universitários 17 a 25 anos (93,9%). Acima dos 26, até 35 anos de idade, somam 6,1%.

Possibilidade de ter contato com outras culturas e países” (53,6%) prevalece como fator motivacional para a escolha do setor de atuação e o Instagram (68,8%) como a rede social utilizada com muita frequência, para o consumo de notícias (29,3%), aprendizado de línguas (26.8%), intercâmbio cultural (22,2%) e pacotes de viagens (21,4%). Hospitalidade é a palavra com maior recorrência nas respostas à questão aberta sobre qual é a área ou setor de viagens e turismo que gostariam de trabalhar. Canadá e Austrália se destacam entre os países no exterior onde já trabalharam ou pretendem estudar.

Quase a totalidade dos jovens skålegas asiáticos (84.1%) teve conhecimento do Programa YS a partir das universidades onde estudam e (89,8%) decidiram participar com o objetivo de interagir com os profissionais do turismo; interagir com outros estudantes (88,4%); aumentar networking (86,5%); ganhar novas habilidades e aumentar conhecimento sobre o setor (85,5%); e, ainda, contribuir com suas habilidades ao compartilharem novas ideias e sugestões setoriais (80%). A maioria se tornou membros da Skål Jovem por indicação de seus respectivos professores (58,7%).

Em contrapartida, os jovens skålegas asiáticos querem adquirir do Programa YS melhora em suas habilidades de comunicação (29,3%); ganhar novos conhecimentos técnicos para ampliar atividades profissionais na área de Turismo & Viagens (24,5%); Melhorar habilidades de trabalho em equipe (23,4%) e aumentar networking (22,8%).

Impactos da pandemia C-19

Indagados sobre o tema, os respondentes informam que a pandemia resultou na suspensão total (42,7%) ou parcial (42,7%) das atividades da Skål em suas cidades. Apenas a minoria (14,7%) não se manteve ativa.

Entre as ações voltadas à Sustentabilidade, Inclusão e Diversidade, levando em consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, destacam-se palestras, webinários, network com outros países, além de iniciativas solidárias, a exemplo do fornecimento de bens essenciais aos necessitados e doações ao governo durante a crise da Covid-19.

A pandemia atuou como principal fator de inibição para o desenvolvimento das atividades dos jovens skålegas, que também apontam existir barreiras relacionadas ao não domínio de outros idiomas, comunicação e falta de informação e reconhecimento da Young Skål como fatores que dificultam o alcance de novos profissionais.

Nas respectivas regiões onde estão localizados, os jovens skålegas asiáticos entrevistados declaram contar com suporte proporcionado pela entidade; por meio de mentorias de profissionais do setor, associados à Skål e membros da academia (37,2%); networking (34,7%) e atividades sociais (28,1%).

Em uma escala de 1 a 5, onde 1 é a menor nota e 5 a nota máxima, a média apurada na avaliação dos respondentes sobre o nível de visibilidade e reconhecimento da Skål foi 2,73. Cabe destacar que entre os respondentes indianos a média sobre para 3,44.

Quanto aos segmentos que mais interessam, Lazer (51,4%); MICE -- Meetings, Incentives, Conferencing e Exhibitions (28,6%); Corporativo (17,1%) ganham destaque, seguidos de outros segmentos, tais como Gastronomia e Hotelaria, ambos com participação minoritária (1,4%)

A segunda etapa do estudo em curso, que inclui a realização de entrevistas individuais em profundidade, conta com a disponibilidade da maioria dos jovens skålegas que compuseram amostra. Ou seja: 76%. Resultado bastante positivo “que nos dá a chance de conseguir informações mais detalhadas e precisas sobre as atividades do Young Skal nesses países”, conclui o relatório.

Ficha técnica

Estudantes participantes

Angélica de Arruda Neri, Beatriz Ueda Okuda, Camilla Contursi, Caroline dos Santos Ferreira, Caroline Vasconcelos da Paixão, Daniel de Barros Gomes, Gabriela Suhett de Araujo, Guilherme Baricelo Foster, Gustavo Henrique Ferreira da Silva, Irineu Cavassani Netto, Isabella Galvão Mesquita, Izabella Bonifácio Santos, João Carlos dos Santos, Kevin Lima Ferreira, Lorena da Luz Moreira, Maria Natália Pereira, Marina Hidalgo, Miguel Eschiavoni Barboza, Pedro Venosa de Oliviera Lima, Rafaela Gonçalves de Lima, Schynaider Rodrigues Moura Sousa, Tamires Ventura da Silva Gonçalves e Victor Soares dos Santos Ramalho

Coordenadores – Corpo discente

Pedro Venosa de Oliviera Lima, Kevin Lima Ferreira, Isabella Galvão Mesquita e João Carlos dos Santos

Coordenadores – Corpo docente

Prof. Dr. Elizabeth Wada, da Anhembi Morumbi; Prof. Dr. Mariana Aldrigui, da EACH/USP; Prof. Dr. Clarissa Gaglardi e Prof. Dr. Paulo Feitosa, da ECA/USP.

Professores e skålers integram a mentoria dos alunos engajados no Programa YS