Números apontam o crescimento em até 30% no número de eventos realizados no estado do Ceará em 2024, entre seminários, feiras e congressos, o estado é palco de diversos eventos corporativos locais e internacionais, e seguindo o ritmo de recuperação pós-pandemia, o setor deve crescer em 2024, impulsionando o turismo de negócios. As informação são do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos).
O Centro de Eventos operou, durante os dias 7 e 8 de outubro, com capacidade máxima em um público estimado em 20 mil pessoas. Os pavilhões do Centro foram ocupados por eventos de médio e grande porte, e quebraram 11 anos de recordes de ocupação, de acorcom com a Secretaria de Turismo do Governo (Setur) e, até o final do mês, outros onze eventos acontecerão no local. Yrwana Albuquerque, titular da Setur, afirma que Centro de Eventos deve fechar o ano com cerca de 115 eventos realizados, com uma expectativa de 10% de crescimento para o próximo ano. “Os eventos funcionam em um período muito maior que o da realização. A organização inicia cerca de três dias antes. Há oferta de muitos empregos, das mais diversas vagas, como equipamentos, logística, tradução, gastronomia, deslocamento. É um segmento dentro da indústria do turismo que é um dos mais injetores”, comenta.
A expecativa é de que o Estado consolide-se em um polo turísticos além das praias ao sediar eventos empresariais de diversos segmentos, no qual Albuquerque destaca, por exemplo, o Congresso Brasileiro de Oftalmologia, a Expolog e outros.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), Regis Medeiros, os eventos de grande porte geram uma movimentação que complementa o turismo de lazer, o que significa que os turistas que chegam ao Ceará para participar de feiras e congressos são, em número, muito significativos para o setor de hospedagem, o que faz com que os hotéis invistam na estrutura para que eventos de pequeno a médio porte possam ocorrer nos próprios estabelecimentos. “A cidade já tem um movimento na faixa dos 50 a 60% dentro do turismo do dia a dia, seja o turismo corporativo e o grande forte, que é o de lazer. Ai você vem com um evento de 2 a 3 mil pessoas, e os 20 a 30% a mais que o evento agrega, faz um impacto muito forte”, explica.
Segundo um levantamento da Setur, o turista de negócios passa menos tempo no Estado, porém gasta mais do que o turista de lazer. A receita gerada pelo turista de negócios é de cerca de R$ 700 por dia, com estadia média de cinco dias, contra o gasto médio de R$ 350 por dia do vistante de lazer. Ainda de acordo com o Setur, o retorno dos turistas de negócios para viagens de férias, acompanhados de familiares ou amigos, segundo uma pesquisa realizada pela pasta, aponta que 9 entre 10 demonstraram interesse em voltar.
Já segundo a Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), o setor de turismo corporativo está em plena recuperação pós baixa pela pandemia de coronavírus, covid-19. Somente em agosto houve o registro de um faturamento de R$ 1,2 bilhão, sendo 21,% superior ao mesmo período no ano de 2019. Serviços como locação de veículos, hotéis e passagens aéreas foram os mais beneficiados, com altas de 104%, 34% e 16,5%, respectivamente e mesmo com preços ainda elevados, o setor aéreo atingiu faturamento de cerca de R$ 805 milhões em agosto, com aumento de 16,5% em relação a 2019 e 3,4% a 2022.
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