Presidente da ABIH Nacional apresentou Projeto de Lei ao senador Ricardo Ferraço

Hotelaria nacional pede regulamentação de novos modelos de serviços

Nerleo Caus, da ABIH, entrega Projeto de Lei ao senador Ricardo Ferraço
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), Nérleo Caus, apresentou, nesta quarta-feira (9), um Projeto de Lei ao senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), em Brasília (DF), que trata sobre a importância de uma regulamentação urgente para os novos modelos de serviços disponíveis a partir do avanço tecnológico. Entre os serviços oferecidos e que afetam diretamente a hotelaria está o Airbnb.

“Saudamos o novo, entretanto numa sociedade democrática, com leis e obrigações regulatórias que normalizam nossas ações, especialmente num país com um das maiores cargas tributárias do mundo, é urgente e necessária a regulamentação desses inúmeros sites e aplicativos”, afirma Caus. “Os serviços prestados pelas novas plataformas devem estar alinhados com um tratamento igualitáriao nos campos fiscal, tributário, sanitário e de segurança ao segmento ao que se propõe atuar”, complementa o presidente.

O texto apresenta alterações aos artigo 21 e 23 da Lei 11.771/2008. Ao artigo 21, acrescenta-se o inciso 8º. “Qualquer empresa que vise exclusivamente a realizar serviços de aproximação entre clientes e meios de hospedagem, utilizando-se de qualquer meio para tal finalidade, inclusive digital”. Já, ao inciso 5º do artigo 23, inclue-se: “Equipara-se a meios de hospedagem qualquer forma de prestação de serviços de alojamento temporário, inclusive prestado por pessoas físicas”. Caus acredita que a proposta será analisada pelo Senado Federal dentro de dez dias.

O presidente da ABIH Nacional destaca que os meios de hospedagem tradicionais são responsáveis por mais de 28 mil empregos na atualidade e investimentos bilionários, que não podem ser esquecidos e desprezados pela sociedade. Segundo ele, a economia colaborativa ou de compartilhamento no turismo ainda dá seus primeiros passos no Brasil, mas é um evento que deverá se intensificar nos próximos anos.

"O compartilhamento de espaços é uma tendência mundial, já presente nas principais cidades do mundo e agora mais intensamente no Rio de Janeiro, com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas 2016. Nossa preocupação é com os abusos, a concorrência desleal e a falta de fiscalização, por isso é necessário que esses meios de hospedagem sejam fiscalizados pelo poder público e passem a contribuir com a sociedade, recolhendo normalmente os seus impostos e se adequando às demais regras do mercado”, analisa.


Fonte: Assessoria