Kish é famosa por ser um paraíso de compras dos endinheirados da região. Iranianos e árabes vêm a Kish fazer compras principalmente porque é livre de impostos. Há shoppings um do lado do outro e todos em liquidação. Entretanto, para quem conhece Miami, os preços não são tão baratos como lá e, na verdade, achei bem caros.
A ilha de Kish fica no meio do Golfo e próxima de um dos lugares mais quentes de todo o Irã. Mesmo tendo o mar por toda sua volta, sol inclemente, a sensação é que você literalmente está fritando em Kish. Cheguei de barco vindo de Bandar Abbas após quatro horas de carro pelo deserto. Podem imaginar...
Logo na chegada já dá para perceber a diferença das outras cidades do Irã. Aqui, parece mais uma ilha de Dubai, tem ótima infra estrutura, carros novos e sofisticados e prédios residenciais super modernos, muitas construções, enfim, um lugar próspero e moderno. Mas, ao andar pela cidade, não se encontra ninguém, a não ser turistas desavisados como eu.
Aliás, os iranianos tem uma relação muito especial com água e jardins. Água para eles significa limpeza e pureza. E, por estarem no meio de um deserto, encontra-se água em abundância, mudando de cores, em cascata e, lindos jardins, limpos e organizados para serem aproveitados nos piqueniques, que aqui é uma tradição. Principalmente às sexta-feiras , dia do descanso semanal. Famílias e famílias vão para os parques com suas cestas de comidas, suas roupas coloridas. Sexta-feira é o dia dedicado à família, me disse um iraniano, poucos saem com os amigos.
Voltando a Kish, percebe-se o dinheiro em todas as direções. Mesmo com as sanções que limita empresas estrangeiras de se estabelecerem aqui, pode-se ver ao lado República Islâmica do Irã, uma placa da marca Diesel (roupas). De qualquer mandeira o respeito à República Islâmica do Irã é muito grande. A impressão que se tem daqui é de um rico balneário. Diferente de tudo que vi até agora. Os carros são um bom exemplo, todas as marcas luxuosas estão por aqui. Acho que só Teerã é igual. No resto das cidades por onde passei, só vi carros bem velhos e de marcas orientais.
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