IPO determina reestruturação da CVC. Mais navios, hotéis e agências próprias são o objetivo.

Com faturamento que este ano deve ultrapassar US$1bilhão e considerando o êxito das IPOs mais recentes, inclusive da TAM e da GOL, quem se prepara para colocar suas ações na Bolsa é o empresário Guilherme Paulus, diretor da CVC, a maior operadora turística da América Latina, com mais de 250 lojas espalhadas pelo Brasil, além de cinco no exterior.

 

Especulada desde 2005, finalmente neste primeiro dia do ano, o diretor da CVC, admitiu para o jornal Valor Econômico estar, desde agosto, se preparando com apoio da KPMG e do banco UBS, que deverá coordenar a oferta das ações, promovendo a necessária reestruturação do grupo, “estamos nos preparando para ser totalmente transparentes”, afirma Paulus, citado na notícia, que destaca que hoje, sendo uma empresa de capital fechado, “a CVC não divulga seus balanços”.

 

Obedecendo ao planejamento estabelecido no projeto de reestruturação, desde meados do ano passado, o Grupo possui uma matriz matricial, tendo na cabeça um Conselho de Administração, presidido pelo casal Guilherme e Luiza Paulus; logo abaixo, um Conselho Consultivo, a frente do qual se encontra Salvador Guardino Neto, ex-diretor financeiro da CVC, tendo nas vice-presidências Gustavo Paulus (que também preside a Holding CVC, que coordena as diretorias Financeira, Recursos Humanos e Marketing)  e Walter Patriani (presidente da Operadora CVC).

 

O Grupo inclui ainda a companhia aérea Webjet, adquirida recentemente com uma frota de três boeings; a CVC Cruzeiro, que neste verão opera cinco navios, devendo transportar 120 mil passageiros; a GJP Hotéis, que conta com seis hotéis e está construindo um resort em Aracaju, Sergipe e a GP7, agência de publicidade que deve fechar 2007 entre as 12 maiores do país.

 

Segundo a notícia veiculada no Valor Econômico, Guilherme Paulus aposta na verticalização do Grupo e pretende investir o capital captado na IPO “nas várias unidades de negócio, acelerando a formação de um grupo de turismo com mais operações próprias, diminuindo sua dependência de fornecedores”.

 

A notícia destaca ainda a abertura de mais lojas próprias no Brasil e no exterior, devendo chegar a mil unidades nos próximos anos; desenvolvimento do segmento hoteleiro e aquisição de navios de cruzeiros, atendendo a grande evolução deste segmento.