A consciência ESG é uma das principais necessidades da indústria de Eventos. Para tratar sobre a importância do assunto, o painel ESG nos Eventos reuniu de Alexis Pagliarini (Criativista ESG4), Daiane Lima (ESG), Daniel de Freitas Costa (Conselheiro ESG), Juliana Patti (Head of Event & Disclosure Management LATAM na Bayer), Lívio Giosa (Presidente CENAM - Centro Nacional de Modernização Empresarial), Patricia Ellen (co-founder Aya Earth), Paulo Perrotti (CEO ESG Solution) e Ronaldo Ferreira Jr (Ampro – Associação de Marketing Promocional) neste primeiro dia do Fórum Eventos 2024.
“A força que imagino é um tsunami de consciência. Faz com que todo mercado se mobilize. Aqueles que acharem que ainda não é hora de abraçar esses princípios podem ser preteridos. Todos se engajem, sob risco de ficarem fora do mercado”, lembrou Alexis Pagliarini. O fundador da Criativista ESG4 ainda comentou sobre o peso da intervenção do homem sobre o planeta. “Estamos diante de uma nova era que vai ser marcada pela interferência humana. Vimos uma virada de século, milênio e talvez de era. A ameaça maior de todas, que temos que nos conscientizar, é uma ameaça de deixar essa terra inviável para as futuras gerações”.
Daiana Lima lembrou que o evento vai além do que se consegue ver. “Começamos a caminhar a partir da mudança de comportamento. Precisamos falar de ESG de forma prática. Ter consciência não só da governança, mas de cada um conseguir trazer engajamento para todos que fazem parte dos negócios. A governança impacta muito mais gente. Criar consciência para que a atitude se transforme em prática que continue nos eventos”, disse. Juliana Patti concordou, falando sobre criar uma jornada de conscientização do time de eventos para brifar os fornecedores, para que tragam soluções sustentáveis. “Nem sempre a ativação de um evento aplicando ESG precisa ser mais cara, tem criatividade, ação social, parceria com fornecedores. O importante é começar”, afirmou. E Daniel Costa complementou sobre a alta procura das empresas por fornecedores mais sustentáveis.
Livio Giosa também comentou sobre o impacto ambiental e a importância de um programa certo para que seja possível, por meio da governança, desenvolver atitudes e processos adequados. “Propor inovações que, acima de tudo, reduzem as emissões de carbono em todas as atividades e eventos é o que mais se mobiliza nessa tônica. Compensar é plantar árvores”, enfatizou.
Usar soluções baseadas na natureza, transição energética, uso de recursos financeiros de forma sustentável foram exemplos dados por Patrícia Ellen. “Há responsabilidade muito grande no planejamento do evento, desde o início. Ameaça é nos envolvermos muito em achismos, este é um setor que precisa mensurar. Mais dados, menos drama”, comentou.
“Todo mundo confunde ESG com pessoas que abraçam árvores. Estamos falando de responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e governança corporativa”, acrescentou Paulo Perrotti. “ESG é uma oportunidade de negócio que tem, talvez, as suas fraquezas. Precisamos descobrir como o ESG pode ser um potencial, qual sua força de diferencial competitivo para negócios em eventos”.
Ronaldo Ferreira Jr. lembrou, contudo, que a maioria das empresas ainda não tem cultura ESG. “As gerações mais jovens estão nos pressionando ao questionar modelos de trabalho e não temos ainda um alinhamento ESG. Precisamos criar cultura para que pessoas queiram permanecer ou se sintam atraídas a trabalhar com a gente no futuro”, disse. “Uma grande ameaça é a ausência de capacitação. Enquanto não houver cultura corporativa de ESG haverá esse desalinhamento. Capacitação é investir nisso dentro de casa, para que possamos, de verdade, nos alinhar”, finalizou.
O Fórum Eventos 2024 acontece nestes dias 29 e 30 de abril no Tokio Marine Hall, em São Paulo. Outros detalhes e programação completa no www.forumeventos.net
Comentários