EDITORIAL - Tenho em mim todos os Sonhos do Mundo: Fernando Pessoa

Tivemos num paradoxo. Se para alguns, como ensinava Lampedusa, é “melhor que tudo mude, para que nada mude”, para outros, como Eduardo Gianetti, “a longo prazo todos estaremos mortos (Keynes).
Sergio Junqueira

A nossa situação é inversa, a curto prazo estamos mortos, a longo estaremos vivos. O paradoxo nos condiciona aos limites. Enquanto alguns, quiçá a maioria, acreditam que atravessamos o pior dos mundos, outros trabalham com a perspectiva de que, em breve, acordaremos do pesadelo e tudo estará melhor. 

Mas, se a medida da felicidade é a expectativa, se ela é baixa, somos felizes com o pouco que o destino nos reserva. Se a expectativa é muito alta, a perspectiva de um revés avulta. 

Mas apesar dos riscos, não podemos viver na lição de Lampedusa. Precisamos acreditar num novo mundo, melhor. Ou, como disse Roberto Shinyashiki, “tudo que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”, ou nas palavras de Walt Disney, “Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade”. 

Sonhemos, pois. Ampliemos nossas expectativas. O tombo pode ser maior, mas a vitória, se conquistada, fará com que as mudanças, mudem, denotando vislumbres de um mundo novo, melhor.

SERGIO JUNQUEIRA ARANTES - Publisher do Portal Eventos e da Revista Eventos