Na plenária da COP18, Brasil reforça os principais desafios para o segundo período do Protocolo de Kyoto
O terceiro dia foi marcado principalmente pelo debate sobre as primeiras propostas de metas de redução de emissões, (segundo período do Protocolo de Kyoto), e as diretrizes da Plataforma de Durban.
Na plenária aberta da COP18 e durante a reunião com a delegação e participantes brasileiros, o embaixador, André Corrêa do Lago, reforçou o comprometimento do Brasil na negociação do segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto e a necessidade de melhoria em três principais aspectos:
- participação de um maior número de países e o comprometimento com metas mais agressivas
- aumento da demanda por créditos de carbono e demais incentivos a projetos de mitigação ou redução de emissões
- análise dos critérios de adicionalidade e MRV (Mensuração, Reporte e Verificação)
Além do detalhamento dos itens do documento do segundo período do Protocolo de Kyoto, um debate importante aconteceu para a negociação do novo framework de compromissos, chamado de Plataforma de Durban (Durban Platform for Enhanced Action). Este acordo visa incluir todos os países a um compromisso climático pós-2020.
A COP18 também tem sido uma oportunidade para os diversos países e mecanismos / instituições, que combatem os eventos caudados pelas mudanças climáticas, apresentarem seus resultados. Neste dia, foram apresentados resultados do: IPCC, Financiamento Rápido (“Fast-start Finance), Mecanismo de Desenvolvimento Limpo etc.
Um dos relatórios apresentado, “Mudança Climática, Mercado de Carbono e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): Uma Chamada para Ações” informou que o MDL representou US$ 3,6 bilhões de investimento de países desenvolvidos, o que promoveu o investimento total de mais de U$ 215 bilhões em projetos de mitigação e redução de emissões em países em desenvolvimento.
Fernando Beltrame
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