Vamos à FENIT? Que tal à UD? Salão da Criança? FENASOFT, então?

Infelizmente, alguns organizadores dessas ações, já estão no modo automático após anos de sucesso

Para os mais jovens, que não tiveram a oportunidade de conhecer, estes quatro eventos são exemplos de grandes feiras, as maiores em suas épocas, que dominaram o cenário econômico brasileiro.

De um tempo onde a preocupação era o de criar o ponto de encontro entre oferta e procura, o setor de eventos no Brasil passou e passa por mudanças necessárias para o contínuo aperfeiçoamento que o transformaram em uma das principais ferramentas de promoção comercial do nosso país, sendo imprescindível para o fomento econômico dos setores onde atuam.

Das grandes feiras realizadas em São Paulo as festas infantis organizadas com magnitude por profissionais especializados. Das festividades de Carnaval, como a do Rio de Janeiro, a pequenos seminários e cursos que ocupam a hotelaria brasileira. De palestras em universidades a congressos que movimentam o turismo. O fato é que o setor de eventos se especializou e se diversificou. Tipologias passaram de simples matéria nas faculdades a indicadores do trade.

De profissionais que aprendiam literalmente apanhando e na prática – errando e acertando -, passamos a diversos cursos de qualidade oferecidos por universidades e demais instituições.

Apenas uma coisa não mudou: o que leva uma pessoa ou uma empresa a um evento.

Infelizmente, alguns organizadores dessas ações, já no modo automático após anos de sucesso, esqueceram de fazer esta autorreflexão, ou melhor, as perguntas básicas que deveriam ser mantras de questionamento exaustivo e que nos levam a encantar e transformar a participação em algo memorável e economicamente viável.

Quem são meus clientes? O que desejam? O que procuram? O que posso e de que forma posso oferecer o que procuram? Onde e como posso inovar? O que mudou para que possamos inovar também?

Cada mercado com suas perguntas e suas respectivas soluções!

Certamente que não existem respostas padronizadas e mágicas que nos deem as diretrizes corretas para promoção das ferramentas necessárias.

Utilizando textos do livro “Adam Obvios”, de Robert Updegraff, alguns princípios podem ajudar. Assim, sugere cinco perguntas:

1. Dá para simplificar? 2. Que tal inverter o processo? 3. Quem opina vai comprar? 4. Ainda sai coelho desta toca? 5. O que está bom pode ficar melhor?

Estas perguntas, feitas com simplicidade há quase um século, são atuais e podem ainda ser aplicadas no mundo globalizado e complexo em que vivemos.

Boa feira!

*Baseado em “Obvio Adams: a historia de um empresário de sucesso” de Robert Updegraff. Editora da Cultura, São Paulo, 2004.