De acordo com o presidente da HotelInvest, Diogo Canteras, em muitas cidades do País, a escassez de quartos têm feito com que a procura seja maior do que a oferta, aumentando o lucro dos hotéis e a renda dos investidores que atuam neste mercado. “Neste momento, estamos com a oferta bastante contida. Faz quase 10 anos que não se fazem novos quartos de hotéis em São Paulo, por exemplo – o que tem tornado cada vez mais difícil encontrar um quarto vago na cidade”, aponta.
O diretor de desenvolvimento da cadeia Vert Hotéis (que congrega diversas bandeiras, como a Ramada e outras), Amilcar Mielmiczuk, concorda. “Hoje, a cidade de São Paulo precisa de no mínimo 5.000 quartos extras”, informa.
Já a consultoria Jones Lang LaSalle Hotels divulgou em 2012 que os hotéis no Brasil têm a melhor perspectiva de rentabilidade na América Latina, após avaliar os 500 maiores investidores do setor. Para o levantamento da perspectiva dessa rentabilidade foi levada em conta uma pontuação que varia de menos 100 a até mais 100 por parte dos entrevistados. Por esse critério, os empreendimentos no Brasil receberam a maior nota no período de até seis meses: cerca de 70 pontos.
O País também obteve a maior média no prazo de até dois anos, em torno de 85 pontos. O retorno dos hotéis é medido pela média entre taxa de ocupação e diária média, ou “revpar”, no jargão do setor. Os resultados mostram ainda que capitais brasileiras com 3 milhões a 6 milhões de habitantes lideraram a intenção de construção de empreendimentos, com índice de pouco mais de 80%.
O resultado da pesquisa da Jones Lang LaSalle Hotels mostra o poder da economia
brasileira, com o crescimento da classe média que frequenta hotéis e o aumento
dos negócios das empresas, gerando mais viagens de negócios.
Com esta perspectiva de crescimento do setor, os hotéis têm se tornado uma opção interessante para os investidores. E Osasco, pela proximidade, tem tudo para arrebanhar boa parte desse crescimento.
“Trata-se de uma excelente fonte de renda para o investidor que não quer depender apenas da aposentadoria. Ele tem uma carteira de aluguéis, mas não precisa se incomodar com inquilinos, atraso no aluguel, obras no imóvel, entre outros”, afirma Jean Paul Cutrona, diretor da Construtora Banco de Projetos, que vai erguer o primeiro hotel da bandeira Ramada, do grupo Wyndhan, na região de Osasco.
De acordo com Canteras, uma das maneiras de investir em hotéis é comprando o apartamento com o empreendedor. Como a escassez de lançamentos é grande, também existe a opção de comprar de outros proprietários. “Em São Paulo, este mercado de revenda é bastante ativo”, afirma Canteras.
Outra opção, mais simples para o pequeno investidor, é operar por meio de fundo de investimento imobiliário. No Brasil, a HotelInvest possui o único fundo específico da rede hoteleira, o Hotel Maxinvest. “A partir de R$ 500 já é possível entrar no fundo”, afirma Canteras.
Para o professor de Economia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Claudemir Galvani, o investimento via fundo é mais indicado para aqueles que não têm tanta familiaridade com o mercado. “A vantagem de investir por meio de um fundo é que você tem um gestor especializado trabalhando por você”, aponta Galvani. Entretanto, ele ressalta que para isso é cobrada taxa de administração. “O investidor deve ficar tento para que os lucros não sejam anulados por uma taxa muito alta”, aponta.
Outra vantagem de investir via fundo é a isenção de Imposto de Renda. “Se você comprar um apartamento da rede hoteleira e receber renda de hospedagens, terá de pagar IR sobre o rendimento, o qual pode chegar a 27,5%”, afirma o presidente da HotelInvest.
“Com a queda da Selic, há uma procura maior por produtos financeiros com retorno maior e de longo prazo. Os investidores estão percebendo que o hotel é tão rentável como projetos residenciais e comerciais”, afirma.
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