Um espaço no turismo para os jovens profissionais

Por Patrícia Sevilha

Patrícia Sevilha
Se o turismo é o negócio da felicidade, não dá para prescindir do espírito da inovação dos jovens, período em que ao definir seu papel profissional no mundo, as pessoas buscam algo que lhes proporcione prazer, considerando as suas características pessoais. Como diretora do SKAL Nacional, tenho apoiado a retomada das atividades do SKAL Jovem, uma seção dentro do clube de lideranças mundiais do setor turístico que tem como objetivo congregar os profissionais que estão chegando agora ao mercado.

Investir na formação de novas lideranças é um fator estratégico para a evolução da atividade turística em nosso país. Assim, em recente encontro, promovido pelo SKAL São Paulo, essa necessidade de atrair novos pensamentos ao turismo foi debatida, com resultados bastante interessantes.

Um dos vetores para essa integração são as viagens de intercâmbio, que motivam o estudante a entrar em nossa área de atuação. A proposta do SKAL/SP é utilizar o fato de que o clube está presente em mais de 90 países como diferencial para gerar oportunidades de experiências profissionais lá fora aos jovens que ingressarem no quadro de associados. Afinal, vivenciar novas culturas e promover o networking são condições fundamentais para quem atua no turismo, independente do tempo em que eles vêm trabalhando com o setor. E essas premissas fazem parte do próprio espírito do SKAL em todo o mundo.

Entre as sugestões advindas do debate estão: a formação de um banco com a oferta de vagas de estágio nas empresas dos skalegas; pesquisa de mercado junto ao público jovem para dimensionar e qualificar o perfil da demanda; e estudo de benchmarking dos programas de intercâmbio realizados pelo Rotary Club, União Estudantil, Programa Alper, entre outros.

Por que o intercambio? Estudos recentes, como por exemplo os publicados na edição 100 segredos das pessoas felizes, de D. Niven, que tem procurado padrões de comportamento nas pessoas que se consideram felizes, encontraram, entre outros, os seguintes padrões:

  • Capacidade de adaptação a novas situações;
  • Riqueza em relacionamentos humanos;
  • Forte identidade étnica;
  • Enfrentar problemas com a ajuda de outras pessoas;
  • Pertencer a um grupo;

Os empresários presentes ao debate demonstraram muita disposição em contribuir com a qualificação e capacitação dos futuros profissionais, inclusive por meio do intercâmbio entre os associados. Sem dúvida, esse interesse é um sinal de o SKAL Jovem pode enfim ganhar corpo, a partir do apoio de quem já encontrou seu espaço no mercado.

São essas futuras lideranças que irão perpetuar o nosso trabalho.