Os pacotes de hospedagem vendidos pelo sistema de tempo compartilhado, o chamado time share, superaram os R$ 120 milhões na hotelaria brasileira em 2007, e começam a atrair um novo público para as viagens de lazer. O crescimento foi de 20% em relação ao ano anterior, quando o setor movimentou R$ 100 milhões.
O número de brasileiros que viajam pelo mundo por meio do intercâmbio de férias da RCI - Resort Condominiums International, líder global neste segmento, ultrapassou 10 mil famílias, contra as 8 mil de 2006. "O time share é, hoje, a maneira mais moderna e barata de viajar pelo mundo, um canal de distribuição complementar e altamente rentável, tanto para o usuário como para os hotéis", destaca o diretor geral da RCI no Brasil, Alejandro Moreno.
Ainda pouco conhecido pelos brasileiros, o time share funciona como uma espécie de título de viagem ou seguro de férias. O interessado adquire cotas de uma rede hoteleira, que equivale a direitos de uso de hospedagem; de uma ou mais semanas - válidos por um determinado período. Com os serviços da RCI, é possível trocar as semanas por outras em um dos 4.200 resorts afiliados ao sistema no mundo todo, pagando apenas uma taxa adicional.
O número de empreendimentos que vendem o time share no Brasil também aumentou. Em 2007 foram seis adesões, fechando o ano com 86 afiliados no país. Seu principal cliente no Brasil, o Rio Quente Resorts, fechou mais de 1.300 contratos de tempo compartilhado no ano, uma movimentação de R$ 27 milhões.
Os custos dependem do destino e temporada adquiridos, com variações de R$ 7.500 a R$ 30 mil, e podem ter validade de 10 ou 20 anos. Praticamente todas as grandes redes hoteleiras oferecem o tempo compartilhado. A lista de peso inclui Grupo Pestana, Beach Park, RHC at Rio Othon Palace, Marina Palace, Enotel, Casa da Montanha, entre outros.
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