De acordo com um estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), se fosse um país, a cidade de São Paulo figuraria entre as 50 maiores economias do mundo. O PIB da cidade dividido pelo câmbio médio de 2013, com o dólar a R$ 2,16, chega ao valor de US$ 264,3 bilhões. Dessa forma, a capital se classificaria - em um ranking fictício - na 43ª posição, entre a Finlândia (US$ 269 bi) e a Grécia (US$ 242 bi), conforme informações do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Apenas para exemplificar, a Federação compara o potencial do PIB paulistano a 2.320 prêmios da Mega-Sena da Virada (R$ 246 milhões), a 648,5 milhões de salários-mínimos (R$ 880) e a 1,1 vez a dívida da Petrobras (R$ 506 bilhões).
Turismo na capital - A crise econômica também esfriou o ritmo dos negócios na capital em relação a feiras e eventos e impacta negativamente sobre os ramos de hospedagem, alimentação, transporte, compras e lazer. No acumulado de janeiro a novembro de 2015, a arrecadação de ISS do setor de turismo paulistano recuou 6,1%, na comparação com o mesmo período em ano anterior - uma perda de pouco mais de R$ 17 milhões de receita, de acordo com dados da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo, analisados pela FecomercioSP.
Em paralelo, os três terminais de ônibus rodoviários de São Paulo (Tietê, Barra Funda e Jabaquara) apresentaram, pela primeira vez desde 2009, queda no número de desembarques entre janeiro e novembro de 2015. Dados da Socicam Terminais Rodoviários, disponibilizados pela SPTuris e calculados pela Federação, apontam que, até novembro de 2015, ocorreram 14,9 milhões desembarques, um retrocesso de 1,3% em relação ao ano anterior.
Outro dado que ilustra esse arrefecimento econômico na capital é a taxa média de ocupação nos hotéis na cidade que, segundo o Observatório do Turismo da SPTuris, ficou em 63,16% entre janeiro e novembro de 2015, o que representa uma queda de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. É a menor taxa desde 2009, quando, na mesma base de comparação, a média de leitos ocupados foi de 62,16%.
Na avaliação da Entidade, os dados apresentados refletem a gravidade da atual crise econômica e como ela atingiu a cidade mais importante do País. Entretanto, a Federação destaca que por possuir uma economia diversificada, recebendo pessoas de todo o Brasil, e por ser considerada terra das oportunidades, São Paulo tem todas as qualidades necessárias para se recuperar e contribuir de forma significativa para o Brasil voltar a crescer.
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