Mais um passo dado pela equipe da SP Turis em prol do turismo da cidade de São Paulo. Caio Luiz de Carvalho, presidente da entidade, apresentou nesta manhã, no Renaissance São Paulo Hotel, dois estudos sobre a atividade turística na capital paulista: "Indicadores e Pesquisas do Turismo na Cidade de São Paulo 2008" e "Dimensionamento e Caracterização da Demanda Turística no Município de São Paulo".
Ambos os estudos fazem parte do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, novo núcleo de pesquisas da São Paulo Turismo, e trazem informações sobre o perfil do turista, motivação da viagem, avaliação da cidade por parte dos visitantes, os principais índices da atividade turística na capital paulista desde 2004, levantamentos realizados durante grandes feiras e dados sobre fluxo aéreo.
Dirigida aos profissionais do setor público e privado e às instituições de ensino do Brasil, a pesquisa Indicadores e Pesquisas do Turismo na Cidade de São Paulo 2008 traz os principais resultados de pesquisas e indicadores do turismo, objetivando demonstrar a potencialidade das ações de sua cadeia produtiva e colaborar em planos estratégicos. Enquanto a segunda pesquisa - realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE para a São Paulo Turismo – SP Turis, mostra o perfil socioeconômico dos visitantes nas viagens domésticas (rotineiras e não rotineiras) e internacionais realizadas no Município de São Paulo
Segundo o estudo, em 2008 foram 11 milhões de turistas na cidade de São Paulo, sendo 15% de estrangeiros. As taxas de ocupação hoteleira com média anual de 68,5%, sendo que nos meses de junho atingiram 74,7% de ocupação e, setembro, 76,6%. Já meses como abril, maio e junho os valores foram acima de 70%, com aumento significativo do REVPAR (revenue per available room). A média do REVPAR é de R$ 109,25 e do diária média de R$ 159,45.
Em sua apresentação, o presidente da SP Turis citou dois eventos que figuram na publicação. O GP Brasil Fórmula 1 foi um deles. O evento obteve a maior movimentação financeira (estimada em R$ 230 milhões, com uma média de 85 mil visitantes). "Os gastos com a viagem foram de R$ 1993,65, média de 3,2 pernoites na cidade de São Paulo; 73,8% permanece em hotéis, 36% são provenientes do Estado de São Paulo. O maior emissor estrangeiro foi a Argentina", explicou Carvalho.
A Parada GLBT, segundo o estudo, teve a maior movimentação física: com média de 320 mil visitantes e uma arrecadação de 189 milhões. Os gastos viagem foram de R$ 594,47, média de 3,1 pernoites na cidadade; 43,6% permanece em hotéis, 71% são provenientes do Estado de São Paulo. O maior emissor estrangeiro foram os Estados Unidos. No total, foram nove evento de grande de porte analisados. A metodologia consistiu na aplicação de 1000 questionários.
O volume de arrecadação foi outro ponto em destaque na pesquisa. O volume do ISS - Imposto sobre serviços (hospedagens, pacotes turísticos e eventos) registrou um montante de R$ 124 milhões em 2008. A cifra representa um incremento de 12% em relação a 2007. Em dezembro, o ISS foi de R$ 12, 9 milhões, superior a 2007 com R$ 9,2 milhões.
Diversidade de São Paulo
Carvalho revela que São Paulo apresenta uma demanda diversificada e deve contar com uma análise específica para cada tipo de segmento com suas características diferenciadas. Por isso, convida visitantes por seus múltiplos aspectos, predominando a motivação de negócios e eventos, e a utilização dos meios de hospedagem em hotéis, com uma estimativa para o parâmetro de permanência, aproximadamente de 3,5 pernoites.
"São Paulo é atraente também pela sua oferta com várias opções de lazer e cultura, permitindo agregar valor aos seus produtos turísticos", cita os números de atrativos que a capital de eventos da América Latina possui, como 45 shopping, 160 teatros, 67 parques e áreas verdes, 59 ruas de comércio especializado e 110 museus.
Os negócios são o principal motivo da viagem ao destino São Paulo, com 57,2%. Depois, estão as categorias Visitar amigos ou parentes (20,7%) e Lazer (13%). Dentro dessa cadegoria lazer, a cultura é o maior motivo da vinda de turistas a capital paulista. No dimensionamento, a cultura tem 36,3%, seguida por lazer, sol e praia com 28,2%; natureza ou ecoturismo com 18,4%; esportes com 9,8%; diversão noturna com 3,6%; e viagem de incentivo 0,9%.
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