Responsabilidade Social: “Então é Natal. E o que você fez?”

Esta época do ano sempre inspira pessoas e empresas a se dedicarem a projetos sociais. As festas de fim de ano criam uma demanda interna urgente em tentar fazer algo por aqueles que precisam ou pelo meio ambiente. Mas eu quero trazer um questionamento mais profundo.

Esta época do ano sempre inspira pessoas e empresas a se dedicarem a projetos sociais. As festas de fim de ano criam uma demanda interna urgente em tentar fazer algo por aqueles que precisam ou pelo meio ambiente. E são atitudes sempre bem-vindas. A música lendária na voz da Simone parece ecoar em nossas mentes com essa pergunta tão difundida.

Mas eu quero trazer um questionamento mais profundo. No âmbito corporativo, essas ações pontuais, sejam no final de ano, Dia das Crianças, Dia da Terra ou qualquer outra data, podem ser chamadas de Responsabilidade Social? No meu ponto de vista, não.

Como disse antes, ações em datas específicas são extremamente importantes, nunca é demais contribuir com a comunidade em que estamos inseridos. Porém, se a empresa somente se predispõe a fazer algo pelo meio nesses momentos, não estamos falando de Responsabilidade Social. E para piorar, o mercado pode até mesmo enxergar isso como marketing, o que é terrível para a imagem da marca.

Para mim, Responsabilidade Social é tudo aquilo que incluímos na nossa rotina como empresa para minimizar nosso impacto no meio ambiente e contribuir com a sociedade. Obviamente, inclui ações pontuais, mas vai muito além. São aqueles passos diários que, muitas vezes, parecem até sem importância.

O fato, por exemplo, de reciclar a latinha do refrigerante que tomamos no almoço, evitar impressões desnecessárias em nosso procedimento interno ou doar todas as roupas que estão empoeiradas no fundo do armário. Parecem coisas pequenas demais perto daquilo que estamos acostumados a fazer no final do ano, mas são decisões igualmente importantes, porque fazem parte dos outros 364 dias do ano.

Por favor, não pensem que estou aqui dando lições de moral ou que sou um exemplo perfeito, mas quero trazer essa reflexão e algumas - quem sabe - inspirações do que fizemos esse ano. Talvez sejam boas ideias para você também e a nossa rede de contribuição irá aumentando.

Pensando no Meio Ambiente

Nosso mais recente investimento foi a instalação completa de placas solares em nosso galpão e escritório, tornando nosso espaço totalmente sustentável. 


Também desenvolvemos e produzimos toda a estrutura que utilizamos para os eventos, assim evitamos a fabricação de materiais desnecessários, além da possibilidade de reciclagem total. Nossos painéis de MDF são produzidos a partir de um processo de aglutinação com a ajuda de aditivos, um projeto totalmente ecológico. Já os vidros e forrações, são 100% fibra pet. Completando uma gama de materiais recicláveis e reciclados.

Pensando na sociedade

Na questão laboral, há dois projetos que contribuímos. O primeiro, em conjunto com a Casa Venezuela, tem como objetivo facilitar e otimizar o processo de integração socioeconômica de migrantes venezuelanos.

Já o segundo foi a adoção da campanha Acessibiliza SP em nossas redes sociais. Ali, compartilhamos dicas simples de como tornar os eventos mais acessíveis. Essa é uma plataforma muito interessante, na qual várias empresas de diversos segmentos colaboram para promover uma inclusão verdadeira da pessoa com deficiência.

Essa é uma pequena amostra de atitudes que são possíveis de incluir no cotidiano corporativo e que podem ajudar, e muito.

Como está seu planejamento para 2022? Você topa revisá-lo e tentar incluir algumas ações em prol da sua comunidade?

Pedro Luis Torrano é sócio-diretor da Triart – pedro@triart.com.br e publica toda terceira semana do mês