Prêmio Caio 2025: Inventa Evento conquista Jacaré de Ouro no Óscar dos Eventos

Com execução de festival urbano que transformou o centro de Porto Alegre, empresárias Ana Leite e Doda Bedin operacionalizaram de forma estratégica e de impacto o Festival Fronteiras na cidade gaúcha, e levaram o ouro para casa
Ana Leite e Doda Bedin no Palco do Prêmio Caio 2025

O Fronteiras do Pensamento, sempre atento às transformações do tempo, após 18 anos de história, saiu dos teatros e foi para a rua, ampliando o seu público e o seu impacto na sociedade. A ideia de levar o evento para a praça pública e promover uma atividade vibrante, democrática e multiartística partiu dos criadores do evento Fernando Schuler e Pedro Longhi, que buscaram na Inventa Evento a expertise para ajudar a transformar o Fronteiras do Pensamento em um festival com formato inédito e pulsante.

Ana Paula Leite e Giorgia Bedin (Doda), sócias da Inventa, assumiram o desafio e o resultado foi uma experiência cultural que reposicionou o Fronteiras no cenário nacional e conduziu a empresa dirigida por Ana e Doda ao pódio do Prêmio Caio, o mais prestigiado reconhecimento do mercado de eventos no Brasil, na categoria evento VUCA, criada para reconhecer eventos inovadores, disruptivos e híbridos que fogem dos padrões tradicionais, mesclando múltiplas atividades e formatos (Volátil, Incerto, Complexo, Ambíguo).  A categoria premia a originalidade e a capacidade de gerar transformação no mercado.

De 30 a 31 de maio de 2025, mais a avant-première, o Festival Fronteiras ocupou 30 mil metros quadrados do Centro Histórico. Foram mais de 40 pensadores, incluindo Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Fernando Gabeira, Drauzio Varella, Maria Homem, Lázaro Ramos e Christian Dunker. Diálogos mediados, encontros com autores, sessões de autógrafos, exposições fotográficas, instalações interativas, visitas guiadas e shows musicais completaram a programação.

Setenta por cento das atividades foram gratuitas. A arena da praça recebeu a abertura com Malu Gaspar e Pedro Bial. A avant-première trouxe um encontro histórico entre Gilberto Gil e Mia Couto, mediado por Mariana Ferrão. Os espetáculos de encerramento ocuparam a Praça da Matriz com música, literatura e emoção.

Houve ainda atenção especial à sustentabilidade, com gestão completa de resíduos, doação de materiais de arquitetura efêmera, cálculo de pegada de carbono e inclusão de painéis temáticos. A acessibilidade também foi tratada como eixo central, com rampas, espaços reservados, intérpretes de Libras e sistemas de credenciamento digital adaptados.

Mais de 15 mil pessoas circularam pelos espaços. A cidade voltou a se ver como palco de cultura e pensamento. Mas o principal resultado foi o que o projeto devolveu à sociedade. Ao democratizar conteúdo de alto nível intelectual, ocupar o centro histórico de forma viva e respeitosa, reunir diferentes áreas do conhecimento em um mesmo território, o evento fortaleceu a vocação de Porto Alegre para o diálogo e para a reconstrução coletiva.

A Inventa Evento demonstrou que produção é mais do que operação. É visão, é cuidado, é capacidade de criar ambientes onde ideias ganham corpo e público encontra sentido. “Entregar um festival dessa magnitude em uma cidade em recuperação elevou o projeto à categoria de gesto simbólico”, comenta Ana Paula Leite, sócia da empresa.

Para Doda Bedin, o Fronteiras foi também um marco pessoal e profissional. “Produzir este festival foi como orquestrar uma cidade inteira em torno do pensamento. Ver Porto Alegre ocupada por ideias, diálogos e encontros nos mostrou o real poder da cultura. É emocionante saber que fizemos parte de um momento que vai ficar na memória da cidade”, afirma.

Um festival de ideias, arte e cidade

A trajetória para esse feito começou em agosto de 2024, quando a DC Set Group buscou a Inventa para ajudar no desenho e na produção do Festival Fronteiras. A Inventa aceitou o desafio com a precisão estratégica que caracteriza os seus 19 anos de história, não como executora, mas como parceira capaz de operar eventos de ponta a ponta.

O briefing trazido pelos realizadores continha uma intenção clara, já que o público pós-pandemia se tornou curador do próprio conteúdo, o que esvaziou formatos longos e espaçados. Por isso, o caminho escolhido foi criar um festival 100% presencial, com múltiplos palcos, atividades paralelas, shows, exposições e diálogos simultâneos.

Nesse contexto, Ana e Doda deram vida à ideia dos contratantes, executando uma operação complexa e cheia de bossa, já que o espaço escolhido por eles foi nada menos que um dos mais simbólicos da capital gaúcha. O quadrilátero da Praça Marechal Deodoro, conhecido como Praça da Matriz, reúne Theatro São Pedro, Palácio Piratini, Palácio da Justiça, Assembleia Legislativa e Catedral Metropolitana. Ou seja: o coração político e cultural da cidade, ativo e vivo, e não uma área isolada de eventos.

Para dar conta do projeto, 342 pessoas se envolveram na produção. Foram estruturados nove pilares operacionais: Infraestrutura, Liberações, Técnica, Artística, Arquitetura, Produção e RH, Alimentos & Bebidas, Logística e Sinalização. Desde fevereiro de 2025, a Inventa iniciou os cronogramas de montagem, que incluíram dezenas de reuniões com órgãos públicos, especialmente a Secretaria de Segurança Pública. Toda a montagem precisou conviver com o fluxo cotidiano de servidores, magistrados, parlamentares e frequentadores da região. Cada etapa teve um plano de impacto, rotas alternativas e comunicação estruturada com moradores e trabalhadores.

A equipe se instalou no quinto andar do Palácio da Justiça, transformando o prédio histórico em seu centro operacional. Daquele epicentro, coordenou a montagem de oito palcos, áreas de alimentação, estruturas de apoio, espaços de ativação de marcas, auditórios, camarins, circulação de público e acesso dos palestrantes. A arena principal, gratuita, foi construída em uma rua íngreme, exigindo soluções criativas de engenharia. O desnível foi transformado em vantagem, criando uma plateia escalonada natural, com excelente visibilidade.

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Fonte: Comunica Mais