A Prefeitura de São Paulo adiou, nesta quinta-feira (28), a venda do Complexo Anhembi, na Zona Norte, de abril para junho.
Em edital publicado em fevereiro no Diário Oficial, a entrega dos envelopes dos interessados na privatização da SPTuris deveria ocorrer no dia 2 de abril. O leilão seria no dia 9 do mesmo mês, com lance mínimo de R$ 1 bilhão.
Em comunicado interno, a Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias determinou a prorrogação dos prazos. Agora, o recebimento dos envelopes será no dia 4 de junho e o leilão, 11.
Também nesta quinta (28), a Justiça suspendeu a decisão que impedia qualquer demolição no Complexo do Anhembi.
A liminar não interferia no processo de privatização do Complexo, mas limitava as possibilidades construtivas dos futuros compradores.
O processo que tramitava desde julho de 2018, quando o Ministério Público entrou com uma ação civil pública para que fosse reconhecido o valor histórico, artístico e cultural das edificações, antes da privatização.
Na ocasião, os promotores ganharam decisão favorável. A Prefeitura, porém, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que liberou a demolição.
O complexo Anhembi possui 400 mil metros quadrados, divididos entre Sambódromo, Pavilhão de Exposições e Palácio das Convenções. O espaço conta com um estacionamento com capacidade para 6,5 mil vagas.
Legado do ex-prefeito João Doria (PSDB), o projeto de privatização do Anhembi foi aprovado pela Câmara Municipal no dia 5 de dezembro de 2017 e sancionado 15 dias depois. Em maio deste 2018, os vereadores aprovaram o PL que define as regras construtivas do Complexo.
Pela lei, a Prefeitura está liberada para privatizar o espaço de eventos, pavilhões, exposições e sambódromo.
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