Plástico Brasil 2023 - Feira Internacional do Plástico, com aproximadamente 800 marcas expositoras relataram notícias extremamente positivas: a realização de vendas e a captação de muitos novos empreendimentos. Os expositores apontaram como pontos relevantes para esse êxito a visitação intensa e o alto nível de qualificação do público visitante do dia (29/03). Esses fatores foram considerados essenciais para o sucesso alcançado logo nos primeiros dias do evento.
"O evento nos surpreendeu positivamente, tanto pelo tamanho que alcançou, quanto pela frequência e qualificação da visitação. Depois da pandemia, percebemos que as pessoas selecionam mais os eventos que participam e o fazem com o propósito de fechar negócios", afirma o sales engineering/ Marketing Chief da ROMI, Gerson Martins.
Como líder na indústria nacional de equipamentos e maquinários industriais, a empresa apresentou durante a Plástico Brasil 2023 a nova série de injetoras ROMI EN, composta por oito modelos. "Nosso setor exige inovação constante para que o nosso cliente final seja cada vez mais competitivo, ou seja, o nosso foco está em fazer o nosso cliente ganhar dinheiro. Com a tecnologia agregada às soluções inovadoras que oferecemos é que fidelizamos nossos clientes", comentou Maurício Lopes, diretor da empresa.
De acordo com Lopes, as perspectivas para 2023 são positivas, já que o Brasil, com sua vasta extensão territorial, possui uma grande capacidade de recuperação. "A Plástico Brasil 2023 retrata essa movimentação positiva do mercado, tanto nacional, quanto internacional", completou o executivo.
A empresa Polimold, que atua há mais de 50 anos no ramo de porta moldes, câmaras quentes, estampos, acessórios e componentes de molde, está presente na Plástico Brasil 2023, oferecendo soluções para a indústria plástica e de estamparia. A produção de câmaras quentes e porta moldes é um dos destaques da empresa, que contribui diretamente para o setor de injeção plástica brasileiro, sobretudo no ramo automotivo. Segundo o diretor superintendente da Polimold, Marcio Oliveira, esse mercado requer investimentos em P&D, e a empresa busca se atualizar por meio de parcerias com universidades e escolas técnicas.
O diretor também expressa otimismo com as expectativas do mercado, mesmo que tenha começado o ano em uma postura de cautela, houve indícios de melhora já em março. "A Plástico Brasil vem para impulsionar ainda mais o contato com os clientes, atraídos até o evento por meio de uma promoção muito pontual que criamos e que se torna a porta de entrada para conhecerem nosso modo de trabalhar", diz Oliveira, que afirma, inclusive, ter fechado negócios nos primeiros dias do evento.
Outra participante da Plástico Brasil que obteve resultados positivos em vendas é a Staübli, empresa de renome mundial em soluções mecatrônicas inovadoras. Durante o evento, a empresa apresentou a placa magnética QMC 123, uma versão aprimorada do modelo utilizado no SMED, que demonstra o sistema de troca rápida de moldes. Em apenas dois dias da feira, a empresa já havia iniciado o processo de cinco vendas, e espera fechar ainda mais negócios antes do encerramento do evento. “A feira movimenta a visitação e atrai o interesse comercial. Apresentar um vídeo das nossas soluções não tem o mesmo impacto que a demonstração ao vivo, ainda mais com as apresentações diárias do SMED aqui no pavilhão”, diz o head de Local Business da Staübli, Genivaldo Batista.
Outro exemplo de vendas realizadas durante a Plástico Brasil é a Simoldes Aços, uma empresa familiar portuguesa com seis décadas de existência. Com foco principal na indústria automotiva, a companhia possui oito unidades em diferentes países, incluindo o Brasil. O gerente de contas-chave da empresa, Nuno Oliveira, menciona que já havia participado da feira Plástico Brasil anteriormente e ficou agradavelmente surpreso com o grande número de visitantes nesta edição.
"Para nós, que atuamos com o setor automotivo, que demanda longas negociações muito específicas, a feira não representa exatamente a concretização de vendas, mas a aproximação com os clientes antigos e a apresentação do trabalho ao mercado de forma institucional. Para tanto, a Plástico Brasil 2023 tem sido muito boa", afirma o executivo, que também participa de feiras em países como Estados Unidos e Portugal e acha que o evento brasileiro tem a competência equivalente para reunir o setor e gerar negócios.
A empresa catarinense Moldes Brasil Ferramentaria, especializada na criação e fabricação de moldes para indústrias que trabalham com plástico em todo o território nacional, conseguiu concretizar três encomendas em um intervalo de apenas dois dias. O diretor comercial da companhia, Ederson Buco, afirmou que embora as previsões do mercado brasileiro sejam encorajadoras, é importante levar em conta algumas ressalvas. "Precisamos entender se nosso bom desempenho este ano vem sendo por conta da qualidade de nossas soluções, da tecnologia que oferecemos, além da qualidade dos serviços a preços competitivos ou se o mercado realmente está aquecido, porque ainda sente instabilidades entre as empresas que atuam no mesmo setor que o nosso", explica.
Inovação em embalagens
No terceiro dia de programação no Parque de Ideias, um espaço destinado a apresentações técnicas, painéis e exemplos da indústria do plástico, o evento convidou Melina Gonçalves, editora da revista Plástico Sul, para conduzir o painel "Inovação e Eficiência em Embalagens para Alimentos". Durante o painel, Aline Tiemi, coordenadora de sustentabilidade da Zaraplast, e Tabata Quevedo, especialista em embalagens da Polo Films, compartilharam seus casos de sucesso de embalagens que receberam o Prêmio Plástico Sul 2022. A cerimônia ocorreu em 9 de novembro do ano passado em Caxias do Sul (RS).
Tabata Quevedo possui vasta experiência em pesquisa e desenvolvimento, acumulada ao longo de 20 anos de carreira. Ela é uma das responsáveis por contribuir com o trabalho de construção do portfólio sustentável da Polo Films, uma empresa especializada na produção de filmes de polipropileno biorientado (BOPP) e que possui uma linha de 110 produtos. A embalagem vencedora do Prêmio Plástico Sul, da qual ela participou, é composta de um material biodegradável denominado b-flex. A biodegradabilidade do material tem sido avaliada pelo Eden Research Laboratory (ERL - EUA), tendo apresentado uma taxa de degradação superior a 80,5% em seis anos.
Durante sua apresentação, Aline Tiemi compartilhou informações sobre a Zaraplast, uma empresa especializada em fornecer soluções em embalagens flexíveis para diversos setores, como alimentos, bebidas, saúde, higiene e limpeza, agronegócio, nutrição animal, construção civil, químicos, petroquímicos e fertilizantes. A embalagem que recebeu o prêmio foi da família ZaraTeva, que é composta por produtos que se destacam por apresentarem características voltadas para a economia circular. Esses produtos incluem o ZaraOptima (otimizados para reduzir o uso de recursos), o ZaraRenew (prontos para serem reciclados), o ZaraRecover (com um percentual de resina reciclada), o ZaraPaper (feito de papel - uma fonte renovável), o ZaraNature (também proveniente de fontes renováveis) e o ZaraEnviro (biodegradável). A embalagem vencedora foi escolhida por apresentar as características de ser tanto reciclada quanto reciclável.
Confira depoimento da diretora da Plástico Brasil Liliane Bortoluci
Sustentabilidade
A Plástico Brasil 2023 tem no Parque de Ideias um espaço dedicado à promoção do conhecimento e da inovação no setor plástico. Dentre os diversos temas abordados, a Sustentabilidade é um dos mais relevantes e está presente diariamente.
O Instituto SustenPlást abriu a programação do terceiro dia da feira (29) com a apresentação do Tampinha Legal. O programa tem como objetivo incentivar a coleta de tampas plásticas, que muitas vezes são descartadas de maneira incorreta no meio ambiente. A ideia é que essas tampas sejam depositadas em pontos de coleta, para posteriormente serem encaminhadas a instituições assistenciais que fazem a separação por cor, visando agregar valor ao material, que é posteriormente vendido a recicladores.
A organização beneficiada pelo programa Tampinha Legal não possui despesas, recebendo todo o lucro gerado pela transação. Além disso, as tampas coletadas são reutilizadas pela indústria de transformação na produção de novos objetos plásticos. Com esse ciclo, o Tampinha Legal atende aos princípios da sustentabilidade, incluindo o chamado tripé econômico, social e ambiental.
“Dizemos que o Tampinha Legal é o maior programa socioambiental educativo em economia circular da indústria do plástico da América Latina”, frisou o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, durante a apresentação. “Mas hoje acredito que seja o maior das Américas, pois nunca vi nos demais países um programa tão pujante quanto o nosso”.
A Plástico Brasil oferece coletores de tampinhas em empresas parceiras do projeto, espalhados pelo pavilhão. Além disso, nos estandes, há diversas iniciativas sustentáveis disponíveis para serem exploradas. Confira algumas delas:
Mitsubishi Chemicals Group Brasil: líder mundial no fornecimento de polímeros de alto desempenho, priorizou a temática da sustentabilidade em seu estande na Plástico Brasil. Entre os produtos em destaque, encontra-se o BioPBS, um polímero de fonte biológica que pode ser compostado após o uso pelo consumidor.
Herbert Lambert: se dedica à fabricação de equipamentos para avaliação da qualidade do plástico, apresenta na feira seu novo dispositivo portátil para medição do índice de fluidez. Esse instrumento ajuda a confirmar a eficiência e a estabilidade das resinas recicladas.
Rapid: é uma companhia que se diferencia pela sua capacidade de personalizar soluções para o processo de reciclagem de plásticos, incluindo sua linha diversificada de máquinas granuladoras e trituradoras (J038).
Confira Imagens de Alguns Expositores da Plástico Brasil:
Imagens: https://pollyeventos.com.br/estudios/

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