O antigo Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, espaço contemplado com cerca de 400 mil metros quadrados, será transformado em um polo de entretenimento e eventos nos próximos dois anos. O espaço foi rebatizo como "Distrito Anhembi", e a expectativa é de que seu impacto econômico gere anualmente cerca de R$ 5 bilhões de receita na cidade, segundo a Prefeitura. A empresa francesa GL Events, que pagou R$ 53 milhões pela outorga e vai investir R$ 1,5 bilhão no local é quem passa a administrar o complexo. As informações são do InfoMoney.
Milena Palumbo, CEO da GL Events no Brasil destaca que "O potencial construtivo previsto na concessão permite que a gente traga hotelaria, varejo, experiências diversas e outros mercados que nos complementam”, afirma. "Será um 'novo Anhembi'", conclui. O projeto visa um centro de convenções que contará com 24 salas, auditório, arena para 20 mil pessoas, praça central com restaurantes e lojas e um conceito de "novo bairro", com equipamentos para atender às necessidades da população. A obra será entregue em etapas, a primeira delas apenas em junho de 2024. Desde que chegou ao Brasil, em 2006, a GL Events investiu R$ 1,3 bilhão em suas operações, que incluem a gestão do Riocentro e a Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, além do São Paulo Expo, em São Paulo. O Brasil é uma das maiores operações da companhia francesa no mundo, e em 2022, ficou apenas atrás da França, Reino Unido e Catar.
Como estratégia de crescimento, a GL Events investe em três grandes frentes, como a gestão de espaços para eventos, promoção e realização de eventos e fornecimento de infraestruturas temporárias. Dessa forma, contando com a diversificação, a empresa tem colhido bons resultados, sendo a maior parte deles vindos do São paulo Expo, que recebeu mais de 80 eventos e 15 mil expositores no passado. “Foi como se a gente tivesse montado e desmontado 50 vezes o Shopping Aricanduva [o maior da América Latina, com 579 lojas], em número de estandes”, diz.
A retormada do setor de eventos deixou a impressão de que toda semana há um congresso, feira ou palestra, e segundo a Assossiação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), o ano passado contou com mais de 590 mil eventos no país e, neste ano, há uma expectativa de aumento de 40%. “Há mais eventos acontecendo agora porque a pandemia estrangulou o calendário não só de eventos anuais mas também daqueles que acontecem a cada dois anos, como a Bienal do Livro do Rio, que acabamos de realizar. E tem mais: cada evento que é um sucesso pode acabar gerando ‘sub-produtos’, eventos menores”, pontua Palumbo. A indústria, que prepresenta cerca de 4,5% do PIB brasileiro, possui faturamento anual de R$ 314,2 bilhões, e cresceu quase 3% em comparação a 2019.
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