Para finalizar o Fórum Eventos 2014, especialistas brasileiros e estrangeiros na área de segurança falaram sobre suas experiências na área e quais os aspectos técnicos que devem ser levados em consideração para se fazer um evento seguro, totalmente livre de riscos à integridade humana. Andréa Nakane, que atualmente é titular da Cadeira de Segurança em Eventos, na Universidade Anhembi Morumbi, e autora do livro “Segurança em Eventos – Não dá para ficar sem!”, ressaltou a diferença entre acidente e incidente. “No Brasil precisamos ter ações preventivas e não reativas, quando o pior acontece. Precisamos analisar não só o conforto, acessibilidade, mas trabalhar o bem-estar e, em especial, dar o máximo de atenção às inadequações inaceitáveis envolvendo extintores de incêndios”, disse ela.
Os oficiais da polícia local possuem acesso ao local. Mas a grande preocupação, segundo Mike – ainda mais com os atentados de 11 de Setembro – é exatamente os dias sem eventos. “Nada, nem ninguém, entra sem antes passar por uma inspeção rigorosa e receber a minha autorização. Todos precisam de credencial. Temos dois labradores que farejam pessoas, bolsas e todos os cantos do estádio e quando encontram algo suspeito, ficam sentados, totalmente imóveis”, disse Mike. Mas os cuidados não param por ai. Nos dias de jogos, outros 22 policiais caninos checam o público.
A SWAT fica responsável pela área de estacionamento para que nenhum carro entre com bombas e, para isto, passam por um raio-X. O FBI, a marinha e o exército também ficam a postos. “Tudo é vistoriado, em terra, ar e água, em uma operação bastante elaborada”, acrescenta Mike. Outros aspectos da segurança são igualmente minuciosos. É proibido entrar com mochilas; sacos e sacolas precisam ser transparentes. As pessoas que trabalharam no Super Bowl são investigadas. “Nos Estados Unidos existem códigos , leis de construção e alvarás. E a cada jogo, tudo é inspecionado novamente pelo Corpo de Bombeiros”, acrescenta ele.
Igor Pipolo, autor do livro “Segurança de Eventos – Novas Perspectivas e Desafios para Produção”, e colaborador do estudo “Agenda Estratégica de Segurança para Grandes Eventos”, produzida pela FIESP, falou sobre o case Skol Sensation. Na chegada, o público era informado sobre as normas de segurança que iam passando nos telões. “Garçons e toda a equipe técnica precisam saber dar informações, devem ser treinados. É preciso ter roteiro, um planejamento detalhado e alinhado à produção, o passo-a-passo e o controle da execução. “As mudanças vão acontecer, mas nada pode ser feito de improviso. O trabalho é focado em resultados, criando condições adequadas para o controle total de riscos”.
Comentários