Durante a Expo Zaragoza, que acontece entre 14 de junho a 14 de setembro, o Brasil levará a feira mais de 60 experiências que mostram o avanço do país em política de gestão de águas.
O secretário brasileiro de Recursos Hídricos, João Bosco Senra, menciona a importância para o setor. "Ainda há muito por fazer, pela própria dimensão do Brasil e pelo passivo que ainda temos, mas estamos num estágio de constantes avanços na implementação da política de águas", declara.
Entre as experiências brasileiras bem-sucedidas que serão apresentadas em Zaragoza, está o programa Um milhão de cisternas, feito pela sociedade civil e apoiado pelo governo, que pretende beneficiar com água potável cerca de cinco milhões de pessoas em toda a região semi-árida do Brasil.
A água é captada das chuvas, através de calhas instaladas nos telhados, e cada cisterna tem capacidade de armazenar 16 mil litros. É uma solução simples e relativamente barata de acesso aos recursos hídricos para a população rural de baixo rendimento, que sofre com os efeitos das secas prolongadas, com duração de até oito meses no ano.
No período de estiagem, o acesso à água no semi-árido brasileiro normalmente ocorre por meio de açudes e poços, localizados a grandes distâncias das comunidades e que possuem água de baixa qualidade, podendo provocar doenças.
O Brasil vai participar em todas as nove semanas temáticas da Expo Zaragoza, além de ter reservado três dias para a apresentação dos projetos: 11, 12 e 13 de agosto.
Paralelamente ao evento acontecerá uma reunião dos diretores gerais de gestão de águas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em agosto, em que o Brasil pretende reforçar sua parceria na área de gestão e aproveitamento dos recursos hídricos com demais membros da comunidade.
(JA)
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