Escarrer explicou que a empresa encerrou 2015 com crescimento de dois dígitos no RevPAR (receita por quarto disponível), incluindo um segundo semestre extraordinário para os resorts espanhóis. O executivo sênior descreveu as excelentes perspectivas para 2016, graças a uma série de fatores macroeconômicos e de segurança internacional.
"Em 2016 comemoramos nosso aniversário de 60 anos e estamos orgulhosos de fazer isso em uma posição que é mais forte do que nunca. Este ano será muito importante para a consolidação de nossa presença internacional", afirma o executivo sênior.
Escarrer explicou que a estratégia vai se concentrar em três áreas principais: expansão internacional; inovação da marca, produtos e processos; e, por fim, reforço da liderança da empresa.
Expansão e colaboração
Relativamente à expansão, Escarrer lembrou da importância que a internacionalização tem tido no crescimento e diversificação da empresa. Desde o seu início há 60 anos, com o primeiro hotel em Mallorca, a rede vem apostando em uma presença global, hoje se destacando em 40 países diferentes.
Atualmente, a Meliá ganha 56% do seu lucro operacional nas Américas, 23% na Europa, Oriente Médio e África, e 20% na Espanha. Em 2015, a Meliá adicionou 25 novos hotéis ao seu portfólio, 36% deles na Ásia, um dos principais focos da expansão da marca, onde já existem 30 hotéis abertos ou sob gerenciamento. Das novas propriedades abertas em 2015, 40% estão situadas na Europa, Oriente Médio e África, e os restantes 24% nas Américas .
Quanto às perspectivas para este ano, Escarrer explica que os "desafios e objetivos para 2016 serão refletidos no Plano Estratégico que iremos apresentar durante o primeiro semestre, e que terá como finalidade aumentar a transformação digital e cultural da empresa, já que temos de acompanhar o crescimento internacional, a transformação dos hotéis já estabelecidos e destinos de resort em cooperação com os principais parceiros e parcerias público-privadas, bem como o reforço do nosso balanço e ativos".
Durante a Fitur, o CEO recebeu no estande da Meliá a rainha Letícia, da Espanha, e o Ministro da Indústria, Comércio e Turismo, José Manuel Soria, que felicitaram a rede hoteleira. Durante o encontro, o executivo sênior explicou sobre os desafios mais imediatos que a empresa enfrenta. Em destaque encontram-se duas grandes inaugurações que acontecerão em breve: o Innside NoMad Nova York, perto de Times Square e em um dos bairros mais modernos da cidade; e o espetacular ME Miami, com o qual a Meliá reforça sua presença nas cidades mais importantes com influência latino-americana nos Estados Unidos.
Escarrer reforçou o compromisso da Meliá em renovar e transformar destinos juntamente com parceiros internacionais e instituições oficiais. Um exemplo disso é o projeto em Magaluf, balneário turístico espanhol que está passando por uma melhoria significativa na qualidade de serviços, rentabilidade e reputação, graças ao investimento da empresa de 190 milhões de euros até o final de 2017.
Inovação e liderança
Nas palavras do CEO, ao longo de sua história de 60 anos, a Meliá Hotels International tem estado na vanguarda da indústria hoteleira, tanto em produtos e serviços, bem como na criação e evolução de suas marcas hoteleiras.
Inovação continua a fazer parte do perfil da empresa e é um fator que vai lhe permitir manter a sua liderança internacional. A Meliá transformou a ideia de um hotel de luxo tradicional, criando conceitos e experiências diferentes para atender à diversidade de viajantes contemporâneos, exigentes e de alto poder aquisitivo. Por isso, as marcas Gran Meliá, ME by Meliá e Paradisus by Meliá agora competem em seus respectivos segmentos com as 10 principais marcas premium geridas por outras cadeias hoteleiras internacionais.
No total, 60% da carteira de quartos está no segmento de hotéis resort, gerando 73% do lucro operacional para o grupo. A Meliá também está bem posicionada em um novo segmento de mercado que está revolucionando a indústria hoteleira urbana em todo o mundo, o chamado bleisure (business e leisure, a junção entre a viagem corporativa e de lazer). De acordo com Gabriel Escarrer, 74% dos hotéis na Ásia irão atender ao mercado bleisure, em comparação com 44% nas Américas e 29% (e crescente) nas cidades espanholas e europeias.
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