LACTTE: especialistas apregoam a importância dos eventos verdes

A simples forma como pensamos ou executamos nossas idéias pode fazer toda a diferença, principalmente quando o assunto em pauta é proteger o meio ambiente. Copo de vidro ao invés de plástico, guardanapo de pano ao invés de papel. Tudo pode ser mudado ou substituído quando a intenção é reduzir a emissão de gás carbônico e tornar um evento mais sustentável.

 

Pesquisas revelam que o Brasil sedia por ano 330 mil eventos – 30% deles só em São Paulo – que geram a movimentação de 80 milhões de participantes. Número preocupante ou não, dependendo da forma como cada um desses encontros é tratado pelos meetings planners.

 

Na manhã desta terça-feira (03), dois grandes nomes dessa indústria se reuniram no 4º Lactte para discutir as diretrizes dos eventos verdes. Igor Tobias (foto), gerente de eventos da Tour House e Kari Knole Kesler, gerente global da Honeywell, compartilharam com o público as melhores formas de proteger o meio ambiente no universo dos negócios.

 

Segundo Kesler, para realizar um evento menos prejudicial é necessário pensar em toda sua cadeia produtiva. “Locação de espaço, destino, comida, serviço, transporte, tudo. Tudo deve ser meticulosamente analisado na hora de escolher como e onde realizar aquele encontro. Por isso que uma das tendências é realizar cada vez mais eventos regionais e em teleconferência. Gasta-se menos em transporte e em serviços. Se um organizador que pensa verde tivesse outra opção, jamais escolheria São Paulo como sede de um evento, já que aqui consome-se muito mais combustível para se deslocar de um lugar a outro”, diz.

 

Igor Tobias ressaltou a importância da neutralização do carbono através da proteção e plantação de árvores. No entanto, segundo o especialista, esta não é a única solução. “Um evento de 5 dias com 250 participantes gera, em média, 100kg de descartáveis. Servir água previamente para estas pessoa significa 80 litros de água potável desperdiçada. É preciso não somente repor, mas evitar certos excessos”, reitera ao citar alguns exemplos. “Tentar realizar encontro com luz natural, evitar impressão da de papeis através da disponibilização de conteúdo on line e medir o impacto ambiental são algumas soluções”. Tendências que, de acordo com Tobias, já vem sendo empregadas em alguns países do exterior.

 

“Um grande exemplo de sustentabilidade aconteceu na Europa. Antes do evento todos os participantes recebiam uma caneca e teriam que fazer uso dela todas as vezes que quisessem beber água, pois copos de plástico não eram permitidos”, conta lembrando que até a forma como o açúcar e o adoçante são oferecidos faz diferença. “É muito mais ecológico que eles sejam colocados em forma de granel ao invés de sache”.

 

O desperdício de comida também deve ser analisado com cautela. “Os empratados evitam que os participantes exagerem na dose coloquem mais alimento do que o necessário. No universo verde os detalhes contam muito” finaliza.

 

 

* A cobertura completa dessa palestra você confere na próxima edição da Revista Eventos.