Indústria dos eventos é tema de workshop no Festuris

Pesquisa do Observatório de Turismo da Universidade Federal Fluminense foi o destaque desta sexta-feira do seminário MICE Abeoc Brasil.
Osiris Marques












A palestra “O setor de eventos no Brasil: análise do dimensionamento econômico”, proferida pelo coordenador de pesquisa do Observatório de Turismo da Universidade Federal Fluminense, Osiris Marques foi o destaque desta sexta-feira do seminário MICE Abeoc Brasil. No inventário consta a análise de 9.445 espaços para eventos, sendo 1.807 entrevistas realizadas em hotéis, centros de convenções e exposições, parque de exposições, teatro, auditório, sítio, chácara, bar e restaurante. O sudeste predominou com 50% da mostra. “Em 2013, o Brasil promoveu 590 mil eventos, com 202.171 participantes”, disse ele.

Em primeiro lugar, consta a pesquisa, vem as atrações socioculturais, com 78,7%. Os eventos nacionais predominam, com 95,6%. Dos tipos de clientes, 78,5% são empresas privadas e 86,7% dos espaços não exigem contratação de seguros. O principal meio de divulgação (84,4%) é a internet e o tipo de regime tributário é o simples nacional, com 56,3%. Em primeiro lugar, conforme o dimensionamento, são os congressos (66,8%) e 23,8% correspondem a despesas com espaços. O setor é ainda composto por micro e pequenas empresas. “A receita foi de R$ 209, 2 bilhões, correspondendo a 4,3% do PIB de serviços, sendo gerados mais de 7 milhões de empregos”, revelou Osiris.

Na sequencia, Gervásio Tanabe, diretor executivo da ABRACORP, comentou em Inovar ou morrer: o futuro das viagens e eventos corporativos que o segmento representa mais de 66% do movimento total do mercado de viagens no Brasil. “Até 2017, o Brasil vai consumir US$ 45 bilhões em viagens, hospedagens e refeições”, confirmou. Conforme Gervásio, os negócios foram responsáveis por 66% da ocupação hoteleira, baseado em dados do FOHB. O diretor falou ainda que a classe média aumentou em 78% e a classe A,B em mais de 230%. 

Em relação ao futuro, avaliou que as vitrines virtuais e a biometria terão relevância e farão a diferença. “Precisamos apenas ter cuidado com a confidencialidade da informação. Incluindo sua autenticidade, disponibilidade e a integridade”. Completou ainda que entre os desafios e as tendências para o futuro estão a capacitação, a infraestrutura e a distribuição.

Gervásio Tanabe