Paulus foi o responsável por ter transformado a CVC de R$ 3 bilhões em vendas na maior operadora de turismo da América Latina. Em 2010, Paulus vendeu 63,6% da CVC ao fundo americano Carlyle. Como acionista minoritário, o empresário ocupa a presidência do conselho da companhia e está gás para iniciar uma nova fase.
Paulus anunciou esta semana a estruturação do Grupo GJP em rede, que passará a se denominar GJP Hotels & Resorts, e consequentemente a criação de três bandeiras, que irão classificar e identificar os empreendimentos da rede: a bandeira Wish será o guarda-chuvas para os hotéis e resorts padrão cinco estrelas, e terá foco de negócios e lazer; a bandeira Prodigy abrigará o empreendimentos quatro estrelas, a Linx classificará os hotéis econômicos.
O primeiro empreendimento do Grupo GJP a ser convertido para o novo conceito de rede será o Serrano Resort & Spa, em Gramado/ RS, que passará a se chamar Wish Serrano Convention & Spa Resort.
Já a bandeira Prodigy estreará no Nordeste, com o Convention Beach Resort Aracaju, recém adquirido pela empresa.
E na econômica Linx, o primeiro empreendimento desta bandeira será o Linx International Airport Rio de Janeiro. Paulus afirma que estes hotéis terão como características uma boa localização e fácil acesso para viajantes de negócios. Eles também contarão com wi fi grátis, além de serviços rápidos. “Estamos trabalhando com quartos de 20 m², uma média maior do que a do mercado, além de ter sempre café da manhã incluso”, resumiu Grau Neto.
De acordo com Paulus, em 12 meses todos os hotéis em funcionamento devem ser convertidos para o padrão das novas bandeiras.
Além disso, cerca de R$ 500 milhões serão investidos na inauguração de quatro hotéis nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro, Aracaju e Maceió, os quais já estão em construção e são 100% de propriedade da GJP. Também está prevista a reforma e ampliação dos outros hotéis da rede.
Além disso, a rede, que está presente em sete capitais brasileiras, quer terminar de mapear o país com a inauguração, até 2014, de dez hotéis econômicos, que devem consumir R$ 150 milhões. Para este prazo também estão previstos 12 empreendimentos quatro estrelas, os quais exigirão desembolso de pelo menos R$ 500 milhões.
“Mas para esta segunda fase ainda precisamos encontrar investidores”, afirma Paulus. Além das três novas bandeiras, o empresário também estuda abrir novos hotéis Saint Andrews, bandeira que já está em operação em Gramado (RS). O hotel, considerado de altíssimo luxo, é totalmente personalizado. Nele, o hóspede conta com mordomo e motorista à disponização. Cada uma das 11 suítes que compõem o empreedimento, com arquitetura inspirada em castelos escoceses, possui decoração própria para que o hóspede realmente sinta-se em casa. “Estamos testando este formato. Já visitamos outras residências no Brasil onde um empreendimento deste poderia ser instalado”, diz Paulus, sem dar mais detalhes sobre as próximas inaugurações do formato.
O empresário admite que a escolha de todos estes nomes em inglês para os hotéis tem o objetivo de uma futura expansão internacional. No entanto, ele afirma querer reforçar sua presença no Brasil para, só então, ganhar outros países. No ano passado, a GJP faturou R$ 100 milhões e deve fechar 2012 com alta de 17%.
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