Geneviève D’Augenstein palestra sobre seu livro

Autora francesa do livro "Savoir Vivre - É um jogo" falou sobre etiqueta e cavalheirismo durante palestra no Novotel, em São Paulo
Sergio Junqueira, presidente da Academia Brasilleira de Eventos e Turismo ao lado da autora Geneviève D’Augenstein

Na tarde da última terça-feira (19), ocorreu no Novotel São Paulo Morumbi, a divulgação do livro "Savoir Vivre - É um jogo" da autora francesa Geneviève D’Augenstein. Na ocasião, a autora palestrou, com o auxílio de uma intérprete, sobre diversos temas relacionados ao livro, como etiqueta, cavalheirismo, feminismo e machismo e a vida elegante, além tirar fotos e dar autógrafos. 

Baseado no estilo de vida que permeia a humanidade atravessando os séculos, o livro aborda a filosofia fundamentada em reverências aristocráticas que, como em toda norma social, adaptou-se ao passar dos séculos, valorizando os alicerces históricos da autonomia intelectual, e a polidez e prazer de uma conversa fluida.

Ao ler o livro, é possível encontrar diversas reflexões como por exemplo “De onde vem a polidez?”, que é o tema do primeiro capítulo em uma discussão sobre sua finalidade. Assuntos como “A mulher nas origens da polidez francesa”, “O galanteio nos dias atuais” e o famoso “Primeiro encontro” também são abordados durante sua escrita. Diversas outras temáticas, seguindo na mesma linha de etiqueta, educação e relacionamentos interpessoais permeiam as 157 páginas do livro.

Livro: O Savoir Vivre - É um jogo

Sobre a palestra 

Durante a palestra que aconteceu no Novotel Morumbi, em São Paulo, a autora explicou os fundamentos e origens de seu livro, e debateu com os ouvintes sobre os temas abordados. Com o auxílio de um fone de ouvido, Geneviève conseguia entender as perguntas realizadas em português, e com a ajuda da intérprete da autora, os convidados tiveram acesso às suas respostas, por meio do mesmo aparelho. Um dos convidados perguntou sobre a recusa de convites à autora que prontamente explicou. “Não se deve recusar sem dar um motivo. Se não temos um motivo, devemos inventar um. Seria uma pequena razão para não desagradar o outro, é algo normal na Holanda, que é muito puritana. Muita gente diz que não vai porque não quer, ou porque tem outra coisa pra fazer, e não está errado, mas não é tão educado, é só apenas cultural. No meu livro eu tenho que tomar partido, então afirmo que temos que ter um motivo, e temos que informá-lo. Se não temos, devemos inventar. O bom Deus perdoará mesmo que não seja algo muito legal”, explica.

A autora respondeu ainda questões sobre diplomacia, polidez, redes sociais e o galanteio nos dias atuais. “É uma grande questão. O galanteio é muito amplo, e o homem é visto como uma espécie de animal para as mulheres de certa forma. Os homens são mais que machistas e o galanteio faz com que se considere a mulher não como um objeto a fim de crescer o patrimônio após o casamento, mas sim como é importante uma relação intelectual, uma troca intelectual. Eu me dei conta de que os homens a partir do momento que há uma conversação, respeitam”, pontua.

Com ilustrações de Inès de Chefdebien, o livro conta ainda com tradução em português, por Silvana Pretto Zanon.