Fórum Eventos finaliza com o tema lançamento de produtos

Quais as melhores estratégias de venda? Como funciona o nosso cérebro, e de que forma é possível gerar novas ideias.


Dan Yaman

A mente das pessoas é surpreendente. Com a constatação, Dan Yaman – CEO da Live Spark & LearningWare, dos Estados Unidos, iniciou sua palestra constatando que o cérebro passa por quatro etapas para reter a informação: preparação, apresentação, prática e atuação. Segundo Dan, o cérebro necessita de estímulos e ser treinado. “Ao apresentar um produto é preciso dizer porque ele será importante. Steve Jobs fazia isto com maestria. Ele criava uma curiosidade na plateia. Precisamos convencer o consumidor sobre a relevância e se faz sentido a novidade apresentada”, acrescentou. O palestrante relatou ainda que a nossa memória não é infinita e funciona o visual forte, ao contrário de slides cheios de frases e palavras. “É preciso simplificar as coisas. Emocionar com o material apresentado, pois as chances de ele ser lembrado posteriormente pelas pessoas é muito maior”. Nos Estados Unidos é comum a interação de personagens animados com os apresentadores.

Cathy Breden, Vice-Presidente Executiva e CEO da Associação Internacional de Exposições e Eventos (IAEE) e diretora do Centro de Exposições de Pesquisa da Indústria (CEIR) complementou que, em uma feira, deve existir a conexão entre o visitante e o expositor. “Existem táticas para promover um determinado evento. Mas realizando uma pesquisa sobre a eficácia de determinadas ações no mercado constatamos a utilização em larga escala de muita mala direta. “Fiquei surpresa pois quem respondeu a enquete foram jovens e, nos dias de hoje, a questão da sustentabilidade é fundamental. Além disto, recebemos muitos e-mails e uma sobrecarga cognitiva”, acrescentou. Para ela, o público precisa ser qualificado, pois isto ajuda o expositor a lançar o produto no mercado. E o consumidor não abre mão de ter uma experiência palpável, com a presença de um especialista no estande disponível a dar mais explicações. “Temos de gerar novas ideias, fazer networking, conexões, workshops curtos e não sessões de duas horas de duração. A inspiração tem de ser compartilhada”, finalizou.

Paulo Suplicy da Samba Comunicação
Na sequência, Paulo Suplicy, diretor artístico da Samba Marketing ao Vivo reforçou que a emoção realmente é a única ferramenta que funciona em um evento e mostrou para o público a tecnologia utilizada no lançamento da Olimpíada do Conhecimento, promovida pelo Senai, com a participação de alunos de todo o país. Por fim, Linda Pereira, diretora da CPL Events, da Inglaterra, passou o recado. Em tom de crítica, disse que não sabemos transmitir para o mundo a nossa qualidade. “É preciso vender com arte e com engenho, mais valia. Por exemplo, como determinado destino vai me acrescentar. Não é o custo, o valor precisa ser explicado. Precisamos ser estratégicos, avaliar o resultado. E, lembrem-se: comuniquem-se com as mulheres de maneira diferente”.