“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Voz isolada, muitas vezes considerada fora da realidade, a Revista Eventos nos últimos dez anos vem pregando a necessidade de São Paulo (e Rio de Janeiro) terem centros de eventos à altura da grandiosidade de seu potencial.
A edição 16 da EVENTOS, que curiosamente mostrava
Dez anos se passaram e mantivemos nosso discurso neste diapasão até que em nosso discurso de abertura do Prêmio Caio 2009 fomos ainda mais assertivos: “será que temos Centros de Convenções compatíveis com as exigências internacionais, que atendam as dimensões, conforto e aparelhamento tecnológico exigidos pelos grandes eventos. Ou vamos deixar que esta infra-estrutura seja apresentada apenas em belíssimos vídeos que mostramos lá fora? Até quando vamos viver de expedientes e continuar perdendo a captação de grandes eventos? A realização dos Jogos Olímpicos deixou lições de destinos vitoriosos e de cidades que desperdiçaram a oportunidade, como Atlanta, nos EUA”, afirmando ao final, que “em 2010 o Brasil terá que escolher o rumo de seu destino. Se desejarem se espelhar nos exemplos de Barcelona e Sidney, Rio de Janeiro e São Paulo precisam iniciar imediatamente a construção de mega centros de convenções, situados em local próximo dos principais atrativos culturais e gastronômicos, viabilizando a conquista de centenas de pequenos, médios e grandes eventos”.
Pois parece que as preces foram atendidas. Hoje, o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo anunciaram parceria para construção do Expo São Paulo, um complexo com centro de eventos, shopping e arena multiuso em Pirituba, na zona norte da Capital. Por meio de uma Parceria Pública Privada (PPP), a Prefeitura será responsável pela elaboração e execução do projeto, que poderá custar até R$6 bilhões, ficando o governo do Estado responsável pelas melhorias de infraestrutura e transporte até o local, sendo a principal, a construção de um acesso de cerca de um quilometro ligando a Rodovia dos Bandeirantes até as vias locais do Complexo.
Em um dos seus últimos atos como governador do Estado, Alberto Goldman disse estar contente de assinar uma parceria que beneficia o “povo do estado”. "Pode ser que existam outros centros semelhantes, mas nessa dimensão eu nunca vi", disse. Em área de 4,9 milhões de m² serão construídos um centro de exposições de 420 mil m² e um centro de convenções com capacidade para 6 mil espectadores, “um dos três maiores do mundo”, além de três torres comerciais, hotéis e shopping Center.
Durante o anúncio da construção do Expo São Paulo, o prefeito e o governador anunciaram também a autorização para a construção de uma alça de acesso da rodovia dos Bandeirantes ao terreno. A Linha 7 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) é lindeira à área de implantação do centro, o que garante sua acessibilidade por meio de transporte público de alta capacidade.
“Como todos sabem, são três os maiores eventos mundiais: as Olimpíadas, o Mundial de Futebol e a Expo Mundial. As duas primeiras, realizadas a cada quatro anos, já foram captadas pelo Brasil, cabendo agora que o país se esforce para captar o último elo da trinca, realizado a cada cinco anos.
O Brasil tem todas as condições de conquistar mais este evento. Só não o fará se não tiver competência na gestão do processo de captação. São Paulo já está trabalhando nesse sentido e tem todas as condições de ser a escolhida.
A Expo São Paulo poderá ser o marco inicial das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil e do Centenário da Semana de Arte Moderna, acontecimentos que ocorrerão na capital paulista.
Tão importante quanto captar a Expo Mundial para São Paulo é que sua realização se dê no marco de um projeto de longo prazo, de forma que todos os investimentos realizados estejam integrados no projeto de desenvolvimento urbano, social e cultural da região metropolitana de São Paulo de médio e longo prazo”.
Para o fortalecimento de São Paulo como cidade global, capaz de captar e sediar os grandes eventos internacionais, a Prefeitura aproveitará uma das poucas áreas livres do município, localizada em Pirituba, com 5 milhões de metros quadrado.
O projeto em seu estágio atual de desenvolvimento prevê que a construção do empreendimento ocorra em quatro etapas, sendo que a primeira terá um parque de exposições de 160 mil metros quadrados com estacionamento de 7.200 vagas; um centro de convenções de 60 mil metros quadrados com capacidade de 6.500 lugares e 3.400 vagas de estacionamento; um shopping center com 42 mil metros quadrados e 1.500 vagas para veículos; um centro de logística de
Na segunda etapa do Expo São Paulo, serão erguidos um pavilhão de exposições de 120 mil metros quadrados, três edifícios comerciais que somam 83 pavimentos e um hotel com
Na terceira fase, terá outro pavilhão de exposições com 140 mil metros quadrados e dois edifícios comerciais com 25 pavimentos.
A última etapa prevê a construção de uma arena multiuso com capacidade para 20 mil pessoas e 10 mil vagas de estacionamento.
O projeto do Expo São Paulo, elaborado pela Odebrecht em parceria
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