Um total de R$2.480 milhões foi o valor da cota master paga por cada um dos três principais patrocinadores do Festival de Verão Salvador 2009: Pepsi, Skol e Seda. Ratificado como maior evento de música do Brasil com freqüência anual e uma das maiores festas do verão, o Festival mostra a capacidade de atrair também a parceria de grandes empresas. Apostando na consolidação e promoção de seus produtos, elas investem pesado em camarotes, nomes de palcos e ações de merchandising.
A Seda e a Pepsi, por exemplo, além de patrocinadores master, dão nome a dois dos espaços montados dentro do Festival de Verão: o Camarote Seda e o Camarote Pepsi. Ambas montam grandes estruturas para receber artistas e convidados.
Ao todo o evento arrecadou R$ 7.440 milhões em cotas de patrocínio master e mais R$ 1 milhão em patrocínios locais. Valores que segundo Carlos Freitas, diretor geral do Festival de Verão, são injetados em atrações, comunicação e estrutura. “Esses três pilares nos custam cerca de 800 milhões de reais. Só a grade de atrações do palco principal foi R$ 20 milhões. Isso fora toda estrutura de palco, produção e outras despesas”, ressalta.
As cotas de patrocínio do evento, que foram abertas em 01 de outubro de 2008, sofreram com a crise financeira mundial. Das cinco cotas disponíveis, apenas três foram comercializadas. “A retração atingiu em cheio as grandes multinacionais e tivemos mais dificuldades com os patrocinadores. O Festival de Verão 2007 fechou saldo com quatro grandes cotas. Este ano foram três”, lamenta.
Temendo retração também em número de público, os organizadores do evento investiram alto em atrações de peso. “No ano passado injetamos R$ 1.600 milhões em 28 grandes bandas que se apresentaram no palco principal. Em 2009 diminuímos o número de shows e aumentamos o investimento. Foram R$ 20 milhões gastos para trazer 20 atrações. A diferença é que as bandas são mais renomadas e consequentimente mais caras”, avalia.
Apesar da preocupação com o público, Freitas conta que foi surpreendido com a procura. “Felizmente a quantidade de pessoas em busca de ingressos para o Festival segue o mesmo fluxo do ano passado. Pensamos que em virtude da crise esse número tenderia a diminuir, mas não foi isso que aconteceu”, comenta lembrando que quando lançado, em 1999, o evento passava por uma situação econômica parecida. “Tínhamos naquela época uma crise localizada no mercado asiático, mas que afetava diretamente o Brasil. Mesmo com os percalços o primeiro ano do Festival foi um sucesso. Foi uma forma de comunicação diferenciada que deu certo”.
A disputada para patrocinar o evento e ganhar visibilidade em caráter nacional é grande, mas a prioridade é de quem já participa do Festival. “Concorrentes vem com suas propostas, mas primeiro negociamos com quem já está a mais tempo na casa. A Seda e o Shopping Iguatemi, por exemplo, já atuam conosco há 11 anos e a Pepsi e a Skol há seis”, esmiúça.
A festa conta ainda com o apoio de Mastercard, Golden Cross e Bradesco. Presente desde a primeira edição do Festival, o Shopping Iguatemi continua acreditando na fórmula do sucesso do evento, com investimento de mais de R$600 mil para a próxima edição.
O Bradesco também aposta na visibilidade do Festival para promoção de sua marca. O banco batizou a Arena Conta Universitária Bradesco, um espaço para ritmos de pagode e forró, atraindo jovens de 18 e 26 anos.
O canal de comunicação do evento dura quatro meses, tanto em caráter estadual como nacional, sendo transmitido através da rede globo e suas filiais. Três rádios completam a divulgação: FM Sul, Globo FM e Bahia FM. Outras notícias ainda estão disponíveis no site oficial do Festival, hospedado no portal da Rede Bahia.
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