O empresário italiano Carlo Menichini, que vive em Abu Dhabi, e outros investidores aguardam uma estabilidade política no Brasil para tentar retomar as obras do edifício do Hotel Glória, no Rio de Janeiro. Ele diz que serão necessários 100 milhões de dólares para finalizar a reforma do prédio.
“Nos últimos meses encontrei outras empresas, como de hotelaria e grupos de investimento. Todos, como nós, aguardamos um sinal de estabilidade após as eleições de novembro no Brasil", disse o empresário.
Carlo diz que o estudo de viabilidade do Hotel Gloria já foi concluído. O empresário ainda verificou o estado da propriedade através de uma inspeção com a Prefeitura do Rio.
“Encontramos uma grande disposição para acelerar os tempos, na eventualidade de uma retomada do trabalho. A torre central foi completamente concluída de acordo com o projeto de renovação inicial feito pelo arquiteto Jeffrey Beers de Nova York para a EBX. As duas torres secundárias são uma parcialmente construída, enquanto na segunda, a torre executiva, ainda nada foi feito”, avalia.
Segundo o italiano, a torre executiva previa a construção de escritórios, incluindo o bairro geral da EBX, mas a Prefeitura não emitiu as licenças necessárias, pois não há uma lei que prevê o uso misto do mesmo prédio.
“A falta de uma lei que permita o uso duplo do mesmo prédio, no momento, é o elemento mais penalizante para nossa iniciativa, já que nosso projeto inicial incluía o uso duplo das propriedades residenciais e hoteleiras de Gloria. Muito interessante também o estudo erguido pelo design original feito para a EBX para a realização de um caminho direto entre o hotel e o porto subjacente da marina do Gloria”, disse o executivo que apresentou à Prefeitura do Rio um projeto de lei.
“A Prefeitura enfatizou que a proposta lei já foi apresentada, mas não significa que o tempo para aprovação seja rápido”, explicou.
O Hotel Glória é o primeiro hotel cinco estrelas do Brasil, construído em 1922, um ano antes do Copacabana Palace, e que hoje está abandonado. O projeto de restauração do edifício foi interrompido em 2013, por causa de problemas financeiros do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, que era o proprietário do hotel.
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