No primeiro mês completo de implementação do visto eletrônico para cidadãos norte-americanos, o número de bookings “ida e volta” do país para o Brasil cresceu 37% em fevereiro, em comparação ao mesmo mês de 2017, e 6% ante janeiro de 2018. Este último é um movimento atípico, pelo menor número de dias do segundo mês do ano. Os dados são do Destination Insight, a ferramenta de inteligência para destinos da Amadeus.
O visto eletrônico torna mais simples o processo de emissão do documento para que os cidadãos norte-americanos entrem em solo nacional. Agora, o procedimento pode ser feito pela internet e, segundo informações do Ministério do Turismo, os viajantes podem receber a autorização em até 72 horas.
O crescimento de 6% das reservas efetuadas em fevereiro sobre janeiro é um movimento atípico se observados os números de 2017, quando fevereiro teve 7% a menos de bookings ante janeiro do mesmo ano. Como não houve anos bissextos no período, ambas as bases comparam 28 dias (fevereiro) com 31 dias (janeiro).
“A facilitação do visto é certamente o maior fator que explica o crescimento de fevereiro. Em um mês com menos dias, somente é possível haver aumento tão robusto mediante um fato que altere os números orgânicos da indústria. No decorrer do ano, teremos um cenário ainda mais claro desse benefício do visto eletrônico, mas esse primeiro mês já é muito promissor para os nossos destinos, e mostra como é possível influenciar positivamente o número de visitantes internacionais com ações certeiras e que simplificam a vida do viajante”, disse Paulo Rezende, diretor comercial da Amadeus Brasil.
Buscas mantém ritmo padrão
Outro fato curioso revelado pelo Amadeus Destination Insight: apesar de as reservas de norte-americanos para o Brasil terem crescido 6% sobre janeiro, as buscas de viagens não seguiram o mesmo padrão. Os dados da ferramenta de Big Data mostram que a intenção de compra dos EUA ao Brasil caiu 16% em fevereiro na comparação com o mês anterior, apesar de ter apresentado forte alta em relação a fevereiro de 2017.
Tais números sugerem que a taxa de conversão EUA-Brasil melhorou em fevereiro, mas também apontam para a possibilidade de melhoria da comunicação do novo visto para os norte-americanos.
“A queda é sempre esperada em fevereiro, devido ao mês ser menor. Mas, se os bookings cresceram, seria normal esperar um aumento também nas buscas. Como isso não ocorreu, minha hipótese é que o fator que impulsionou a maior conversão de buscas em reservas efetivas foi o visto eletrônico. Por outro lado, como não houve aumento de demanda – mais consultas de americanos por destinos no Brasil – aparentemente não houve, até este momento, uma comunicação efetiva que fizesse chegar ao norte-americano médio que há mais facilidade para nos visitar”, completou Rezende.
O Destination Insight contém dados massivos, diários e em tempo real sobre o mercado de viagens mundial, inclusive com detalhamento de cidades mais buscadas e reservadas e em período de tempos específicos. Ele oferece tanto os números brutos quanto porcentagens de crescimento e/ou queda. Para conhecer mais sobre o produto, acesse o site.
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