Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau apoia Projeto APAIÓ

Iniciativa será realizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, maior unidade de conservação costeiro marinha do país.

A realização desta importante ação foi do ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão gestor das unidades de conservação federais que atua nos destinos que compõem a APA Costa dos Corais, lugar único que tem importância ambiental grandiosa, além de relevância histórica e cultural notória. Contou também com o Instituto Yandê, organização não governamental, criada em 2012, que baseia suas ações nos pilares da educação, cultura e meio ambiente.

O evento aconteceu no período de 14 a 20 de janeiro em São Miguel dos Milagres-AL e Porto de Pedras-AL, com foco na conscientização, educação ambiental e comunicação. O balanço preliminar dos organizadores do evento revela o sucesso da iniciativa, que deverá se reproduzir em outras localidades ao longo do tempo. Segundo Gabriella Calixto Scelza, analista ambiental do ICMBio e coordenadora da área de gestão socioambiental do ICMBio Costa dos Corais, “constatamos um contágio progressivo do primeiro ao último dia e esse envolvimento alcançou da comunidade a empresários e formadores de opinião da sociedade local. Estimamos que mais de mil pessoas interagiram durante a semana de atividades”.

O Projeto

A APA Costa dos Corais vem passando por um processo de reordenamento, com o zoneamento das piscinas naturais que podem ser usadas pelos turistas e aquelas destinadas apenas à pesca. É nesse contexto que se desenham as normativas de uso da área, de acordo com a legislação vigente. Além da fiscalização, que já é feita há muito tempo, tornou-se prioritário e imprescindível o trabalho de conscientização e sensibilização do público que usa essa área.

O Projeto APAió visou desenvolver suas atividades, trazendo à tona este debate do reordenamento, de forma lúdica. Considerando fundamental mostrar ao visitante e à população local que a Costa dos Corais não é um local com praias para só se divertir, mas é um lugar de onde muitas famílias vivem, tiram seu sustento. Parte do entendimento de que as pessoas só cuidam de um lugar que elas conhecem e, também, em que se sintam parte dele.

“O projeto quer mostrar tudo isso nas ruas, nas praças e fazer a campanha cair na boca do povo. A gente mobilizou o que havia de manifestações culturais da região – algumas delas vivas, como o Bumba-meu-boi e outras em processo de desaparecimento, por falta de incentivo, por falta de participação da comunidade, dos jovens hoje atraídos por manifestações de massa. Eles conhecem pouco das suas próprias raízes culturais”, sustenta Gabriela Calixto Scelza.

Gabriella Calixto Scelza e Ana Maria Carvalho

As atividades buscaram mostrar a importância ambiental da área e também divulgar as regras de uso. Mas, principalmente, o que está por trás da norma. “Se a pessoa não entende isso, ela não se sensibiliza. Exemplo: se falarmos apenas que ‘não pode pisar no coral’, a pessoa não vai se sensibilizar e vai entrar na piscina e pisar no coral. Mas quando a gente explica para a pessoa que o coral é um ser vivo, que se você pisa no coral você machuca, quebra e mata. E quando mostra quanto tempo um coral demora para crescer... aí então a pessoa passa a entender por que não pode pisar no coral”, afirma Gabriella.

Ana Maria Carvalho, Presidente Executiva do Costa dos Corais Convention e Visitors Bureau, que leva à Costa dos Corais toda a experiência à frente da instituição em outras localidades do país relata: “O apoio ao Projeto APAió vem ao encontro do que requer e preconiza o turismo sustentável. A conscientização e sensibilização a partir da comunidade local irradia naturalmente para os visitantes, o que resulta na valorização do destino e na preservação de nossas belezas naturais”.

Os próximos passos do Projeto APAió passam por atividades durante o período de Carnaval, na região de Porto de Pedras-AL e São Miguel dos Milagres-AL e uma possível nova edição no mês de julho. Com expectativa de apoio financeiro de entidades e iniciativa privada, o objetivo é estender o projeto para os próximos anos, numa perspectiva transformadora da relação entre população e visitantes e as relíquias a serem preservadas.

Fonte: assessoria