Localizada no extremo sul do Estado de Minas Gerais, permeada por um grande reduto de Mata Atlântica e integrada à Estrada Real, a região se eleva na paisagem, tanto por suas serras e picos quanto pelas tradições e hospitalidade de sua gente. Em suas pacatas cidades, cuja arquitetura colonial foi tombada como patrimônio cultural, pousadas charmosas e hotéis qualificados dão acolhimento ao visitante durante o ano todo.
Na vivência com a natureza, o contato com a mais pura água de nascentes em cachoeiras de um magnetismo peculiar e de fácil acesso por caminhadas, passeios de bicicleta ou a cavalo, moto ou veículo 4x4. Tudo na companhia de uma fauna e flora hipnotizantes. Ainda é possível praticar montanhismo, rapel, vôo livre, ciclismo de montanha, acqua ride e bóia-cross ao longo de percursos que chegam a 2.000m. de altitude.
Em meio a tantos passeios e atividades, a tradicional comida caseira interage com toques contemporâneos e outras especialidades para satisfazer o visitante e deixar um gosto de “quero voltar”. O mesmo efeito que o artesanato local provoca com obras em madeira, argila, folhas de bananeiras e milho, bronze, papel marche, tecidos e outros.
Na região onde o olhar se eleva para tudo, o encantamento acompanha as cidades que compõem o Circuito Terras Altas da Mantiqueira.
Alagoa
Pequena e aconchegante, é a mais alta das Terras Altas. Seu enorme potencial turístico chama a atenção pelo grande acervo ecológico e praticamente intocado. O clima frio predomina, com geadas em certas épocas do ano. Vales e valados cortam sua geografia e abrigam paisagens naturais magníficas. Destacam-se nesse cenário a Fazenda do Charco, as cachoeiras Zé Pena, Ouro Fala, Falcão e Serra dos Borges, bem como a nascente e as corredeiras cristalinas do Rio Aiuruoca. A contemplação se estende também aos túneis abertos nas montanhas, como o da Bomba, do Garrafão e a Pedra de Santo Agostinho. Reconhecida pela Unesco como Reserva da Biosfera, Alagoa encanta no olhar e na boca: seja pela reciclagem aplicada no belo artesanato em madeira como na devoção ao consagrado queijo parmesão alagoense.
Itamonte
Com altitude que varia entre 900 e 2.791 metros, é um dos únicos municípios ecologicamente privilegiados do Brasil, pois cerca de 82% do seu território é formado por áreas protegidas: Parque Nacional do Itatiaia, Parque Estadual Serra do Papagaio e APA Serra da Mantiqueira. Em recente pesquisa, Itamonte foi considerada uma das Sete Maravilhas de Minas. Entre seus atrativos naturais, são dignos de contemplação o Rio Capivari, com suas piscinas naturais e corredeiras, e onde se pratica o acqua ride, e o Rio Aiuruoca, que percorre um cânion de 1.500 m de altura.
Cachoeiras como as da Fragária, Conquista e Escorrega enriquecem ainda mais o cenário natural do Município. A Pedra do Picu é símbolo de Itamonte e, por muito tempo, foi marco de orientação para os bandeirantes devido à altitude em que se encontra e é avistada. Além do turismo de aventura como trekking, montanhismo e voo livre, Itamonte encanta pela sua gastronomia e eventos de raízes, como o "Minas, Fogão e Viola".
Itanhandu
Descanso, lazer e beleza fazem de Itanhandu uma bela recompensa. Em seus recantos naturais, merecem destaque o Alto das Posses, onde o Município faz divisa com o Rio de Janeiro de São Paulo, e cuja trilha permite uma bela visão da Serra da Mantiqueira, do belíssimo Rio Verde com seus poços, corredeiras e cachoeiras, como a da Usina e a do Vô Delfim, ideal para o boia-cross.
Em Itanhandu, a emoção vai às alturas com escaladas e cavalgadas na Trilha da Barrocada, na Serra do Condado e no Alto das Posses. No intervalo da aventura, a boa sugestão é uma visita à Estação das Artes, situada na antiga Estação Ferroviária, local de exposição permanente de artesanato e degustação do café caipira e de deliciosos doces como o doce de leite Ecila, apreciado no varejo de sua fábrica.
Já na Serra dos Noronhas, estão o "milho põe a mesa" (café caipira) e o almoço preparado em fogão a lenha, com o "gostinho" da tradição mineira à moda da roça. Com natureza exuberante, hospedagem acolhedora e uma arquitetura como patrimônio histórico, Itanhandu mistura aventura e tranquilidade numa combinação inesquecível.
Passa Quatro
Passa Quatro está entre as regiões mais altas do país, com o 4º maior pico: a Pedra da Mina (2.798 m). Banhada pelos rios Verde e Passa Quatro, sua natureza combina floresta de Mata Atlântica (como da Reserva Florestal do IBAMA), montanhas, vales e riachos num cenário deslumbrante. Cachoeiras como do Quilombo, do Manacá, do Mato Dentro e da Gomeira fazem de Passa Quatro um pólo de atração para o ecoturismo e o turismo rural. Numa atividade de tom mais saudosista, a cidade oferece um delicioso passeio numa “Maria Fumaça” originária de 1925.
O roteiro começa na histórica estação de Passa Quatro e percorre 12 quilômetros até à Estação Cel. Fulgêncio, na divisa de Minas Gerais e São Paulo, junto a um túnel inaugurado por D. Pedro II em 1884. Nessa bela estância hidromineral vale também conferir o “Brasil Nota 10”, um museu de miniaturas que expõem cenários históricos brasileiros modelados por jovens da cidade com perfeição em pequeníssima escala (1/87 cm).
Pouso Alto
Na tentativa de cruzar a Serra da Mantiqueira, os bandeirantes encontraram uma aldeia indígena e, ali, ergueram um rancho no topo de um elevado. Em 1748, o povoado local passa a ser Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Pouso Alto. Em 1874, com mais moradias e edifícios, emancipa-se como município de Pouso Alto.
A tradição histórica é sentida hoje na arquitetura e no ar interiorano oriundo do artesanato de raiz como o de tricot, de palha e bambu, nos bordados, nas festas típicas e na cozinha mineira de um sabor tentador. Na serras com vistas panorâmicas e banhos de cachoeira vale a pena se entregar a lugares com as quedas d’água de Juca Roque e do Coura. E para levar o prazer ainda mais para cima, destacam-se o Alto Congonhal com sua vista deslumbrante e o Rachado com sua vegetação nativa ao redor de riachos de águas límpidas.
São Sebastião do Rio Verde
O nome santo desta cidade se relaciona, em suas origens, com o povoado que foi formado nas proximidades da antiga estação da Rede Mineira de Viação e com a construção de uma capela em 1891. Em 1953, o distrito nasce com sede no povoado Estação de Pouso Alto até se emancipar como São Sebastião do Rio Verde nove anos depois. Seu maior atrativo natural é o Rio Verde: situado na área urbana, propícia a prática de canoagem e pescaria, além da natação em pequenas praias.
Em invernos de manhãs lindas, céu azul e noites bem frias, o turista vive momentos especiais nesta cidade festeira, saboreando pratos mineiros, doces e queijos, e admirando atividades artesanais como bordado, crochê, bonecas e obras de barbante e palha. O que fica de tudo isso são as saudades da tranqüilidade da cidade, do cheiro de natureza, das paisagens montanhosas e do carinho de sua gente.
Virgínia
Com quase 100 anos de existência, o município se sobressai no cultivo de frutas e torna-se atração especial na exposição agropecuária, com torneio leiteiro, mostras do artesanato da região, desfiles de cavaleiros e shows de violeiros. O nome tem origem na devoção de sua gente à Virgem Nossa Senhora da Conceição bem como na força de suas matas virgens. Entre seus picos e serras, saltam aos olhos os picos do Varjão e da Virgínia.
Nas cachoeiras, destaque para a dos Padres, do Caeté (com trilha ideal paratrekking), do Mingu e a Cachoeira Grande com uma pedra em forma de cálice. Em saudáveis caminhadas junto à natureza, pode-se chegar em Virgínia a locais de beleza singular como a Serra do Ministério e a Rachadura onde impressiona a exposição espontânea de rochas de granito.
Atrações deste domingo na Escadaria
Quem passar pela Escadaria da Prefeitura, no horário de 8 às 14 horas, terá a oportunidade de admirar e contemplar a Exposição "Artesanato e Arte Comtemporânea", com a participação do artesão Rafael Chaves. Objetos decorativos de design contemporâneo, em papel marchê, pigmentado com terras naturais e coloridas da Serra da Mantiqueira.
A nova coleção de cartões-postais turísticos e culturais do Circuito Turístico Terras Altas da Mantiqueira, confeccionados pelo fotógrafo Sérgio Mourão, especializado em imagens turísticas, ambientais e culturais, possuidor do maior banco de imagens fotográficas do estado, com mais de 600 mil, e que direciona o seu trabalho desde o ano de 1999, na divulgação turística do estado de Minas Gerais, poderão ser apreciados e adquiridos no Projeto Escadaria.
Estarão disponíveis, ainda, produtos da gastronomia regional, tais como o famoso queijo de Alagoa e o Melmandala de Itamonte, e as cachaças Pousada do Verde, Ouro 1, Caminho do Ouro e Engenho doce.
O show cultural no palco da Escadaria traz neste domingo Marcelo Silva (Tiriva) itamontense, violeiro, compositor e professor de viola. Há cinco anos iniciou seu conhecimento sobre a viola e já participou nas edições de 2008, 2009 e 2010 do evento Minas Fogão e Viola, tendo a oportunidade de compartilhar o palco com Pena Branca, Braz da viola e o grupo Viola Serena. Seu repertório está inspirado no ritmo pantaneiro e como fonte de inspiração tem Almir Sater e Tião Carreiro.
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