Congresso aborda eventos fora de série

Especialistas falam sobre experiência e os desafios enfrentados no Brasil.
Márcia, Gustavo e Dulce Magalhães



A abertura do segundo dia do Eventos Brasil 2014 ficou a cargo de Rodrigo Cordeiro. O congresso, realizado no Grande Auditório, começou com a palestra de Márcia Golfieri, organizadora do TEDx Liberdade. Segundo ela, o segredo do formato de um modelo inovador, surgido no Vale Do Silício, e, primeiramente, para apenas 50 pessoas, é o de palestras curtas e intervalos longos, com muitas possibilidades de interação. 

O objetivo é o de disseminar os conteúdos pela web, atingindo mais de 70 bilhões de visualizações. Transcendência, Entusiasmo e Design são as palavras de ordem. “O tempo é limitado, mas de grande profundidade, e com intervalos mais espaçados”, explica ela. Os temas podem ser os mais variados possíveis. Em 2008, o licenciamento foi aberto, ganhou o mundo e se tornou independente, sendo realizado em vários países. “É como se fosse uma sinfonia, a plateia precisa estar disposta a transformar. O ambiente é de excelência e de conforto”, finalizou.

Na sequência, Gustavo Ribeiro, que participou da organização da Jornada Mundial da Juventude e Recepção do Papa no Brasil Rio 2013, contou da experiência e de todos os desafios que precisaram ser enfrentados neste mega evento, ocorrido no Rio de Janeiro. Segundo ele, foram necessárias as contratações de duas grandes produtoras e de várias outras empresas de eventos para dar conta de toda a infraestrutura, equipamentos e serviços necessários durante os dias de realização na cidade. 

Gustavo Ribeiro lembra que um grande desafio para a JMJ 2013 foi a necessidade de transferir o local da última missa, por causa das chuvas, 72 horas antes da sua realização, o que demonstra grande capacidade dos brasileiros de organizar e realizar eventos. O sucesso se traduziu em números. Foram 3,7 milhões de participantes (sendo que 95,1% pretendia voltar ao RJ); 94% de aprovação do público; 175 países presentes; R$ 1,2 bilhões em receitas, mais de 800 eventos culturais em paralelo; contando com a ajuda de 40 mil membros das forças de segurança e mais de 30 mil voluntários.

Para finalizar o primeiro bloco, Dulce Magalhães falou sobre o Festival Mundial da paz, que ocorre a cada três anos. O evento, sem patrocinadores, produzido com doações e recursos coletivos para disseminar a cultura de paz. Em 2006, em Florianópolis, custou 400 mil dólares, teve 15 mil participantes presenciais e 100 mil online. Em 2012, a terceira edição em São Paulo, atraiu 60 mil pessoas para o Ibirapuera e 200 mil online, com custo de US$ 50 mil. Toda a experiência da organização é relatada para que possa ser reproduzida.