Resgatando nossas origens, defendo que somos um desmembramento e uma junção simultânea, tanto do teatro quanto da arquitetura. Na arquitetura pelas bases plásticas, funcionais, técnicas e de segurança, utilizando-se dos recursos sensoriais e tridimensionais, respeitando a linguagem do corpo humano na existência dos volumes destinados ao seu uso, evidenciando seus sentidos.
No teatro, pela inteligência de uma construção lúdica de um mundo real (às vezes nem tanto), rica em ornamentos, totalmente desprendida da autenticidade da matéria prima e mesmo que na mais pura forma, seja concebida para a contemplação, conduz a momentos memoráveis e experimentais.
E ainda que os eventos corporativos tenham sofrido como tantos outros mercados com o esmagamento de verbas, é inconcebível assistir a esta planificação da cenografia.
Essa vertente que tem utilizado de recursos totalmente bidimensionais, explorando composições apenas aos limites do olhar, abdicando dos outros sentidos do ser humano como as imagens digitalmente reproduzidas, seja por projeção ou impressão, apesar da beleza e funcionalidade não podem ser denominadas Cenografia.Isso sim é cenografia e faz todo sentido a quem a vivencia.
*Leila Malvezzi Bueno
Diretora Comercial da Bueno Cenografia
Presidente da ABRAFEC (Associação Brasileira de Fornecedores de Cenografia)
Diretora Comercial da Bueno Cenografia
Presidente da ABRAFEC (Associação Brasileira de Fornecedores de Cenografia)
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